Guerra Israel x Hamas

Internacional Guerra na Faixa de Gaza deixa mais de 400 crianças mortas por dia

Guerra na Faixa de Gaza deixa mais de 400 crianças mortas por dia

Ao menos 5.364 meninos e meninas ficaram feridos desde o início do conflito entre terroristas do Hamas e o Exército de Israel

Agência EFE
Unicef alerta para trauma de crianças palestinas

Unicef alerta para trauma de crianças palestinas

Mohammed Abed/AFP - 23.10.2023

O Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) advertiu nesta quarta-feira (25) que, desde o início da guerra na Faixa de Gaza, 2.360 crianças morreram e 5.364 ficaram feridas no enclave palestino, o que totaliza mais de 400 óbitos de meninos e meninas por dia.

“O assassinato e a mutilação de crianças, o rapto de menores, os ataques a hospitais e escolas e a recusa de acesso à ajuda humanitária constituem graves violações dos direitos das crianças”, alertou a diretora regional do Unicef para o Oriente Médio e o Norte de África, Adele Khodr.

Na nota, Khodr observou que quase todas as crianças na Faixa de Gaza foram expostas a “acontecimentos e traumas profundamente angustiantes”, marcados por “destruição generalizada, ataques incessantes, deslocamentos e grave escassez de itens de primeira necessidade, como alimentos, água e remédios”.

Por essa razão, o Unicef ​​​​fez um apelo urgente a todas as partes para que “cheguem a um cessar-fogo, permitam o acesso à ajuda humanitária e libertem todos os reféns”.

A agência da ONU ressaltou que “até as guerras têm regras” e reiterou que “os civis — especialmente as crianças — devem ser protegidos, e todo o possível tem que ser feito para que não sofram em nenhuma circunstância”.

“A situação na Faixa de Gaza é uma mancha crescente na nossa consciência coletiva. A taxa de mortes e ferimentos em crianças é simplesmente impressionante”, disse Khodr.

Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp
Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp
Compartilhe esta notícia pelo Telegram

No entanto, ela considerou “ainda mais assustador” o fato de “o número diário de mortes continuar a aumentar” se as tensões não forem reduzidas e “a ajuda humanitária, incluindo alimentos, água, material médico e combustível, não for autorizada a chegar”.

De fato, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) avisou ontem que interromperá suas operações na Faixa de Gaza na noite desta quarta-feira se não obtiver combustível, um recurso indispensável cuja entrada no enclave palestino não foi permitida até o momento.

Por sua vez, a OMS (Organização Mundial da Saúde) já avisou ontem que seis hospitais em Gaza fecharam por falta de combustível e dois suspenderam alguns serviços críticos pelo mesmo motivo, ao mesmo tempo que pede a passagem segura de combustível e suprimentos para centros de saúde.

O Unicef ​​juntou-se a esses pedidos e solicitou um cessar-fogo humanitário imediato, a abertura de todas as passagens de acesso a Gaza para a entrada de mantimentos, água, alimentos e combustível e o respeito e a proteção das infraestruturas civis.

Morteiros, granadas e lança-foguetes: Israel mostra ao mundo armas recuperadas do Hamas

Últimas