Harvard e MIT tentam barrar decisão contra alunos estrangeiros
O governo quer retirar o visto de estudantes que não estejam com aulas presenciais e ao mesmo tempo forçar universidades a reabrirem
Internacional|Do R7
A Univesidade de Harvard e o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) decidiram processar o governo de Donald Trump por sua orientação, de proibir que estudantes estrangeiros sigam morando nos EUA enquanto realizam cursos que passaram a ser ofertados na modalidade on-line por conta da pandemia do novo coronavírus.
A ordem partiu do ICE, a agência de imigração dos EUA, que ameaça deportar os estudantes universitários e de cursos profissionalizantes estrangeiros. Segundo a agência, alunos de cursos que serão ministrados totalmente online no próximo semestre deverão deixar o país.
Em comunicado à CNN, a Universidade de Harvard disse que a orientação deve afetar aproximadamente 5 mil estudantes internacionais.
"Parece que ela foi projetada propositadamente para pressionar faculdades e universidades a abrirem suas salas de aula no campus para instrução pessoal neste outono, sem levar em conta preocupações com a saúde e a segurança de estudantes, instrutores e outros", disse o presidente da instituição, Larry Bacow.
Governo sugere que estudantes mudem de escola
Os requisitos de visto para estudantes sempre foram rigorosos e já era proibido entrar nos EUA para fazer cursos somente on-line. A Imigração e a Alfândega mantiveram essa proibição em suas orientações, ao mesmo tempo em que ofereciam alguma flexibilidade para modelos híbridos, o que significa uma mistura de aulas on-line e presenciais.
A agência sugeriu que os estudantes atualmente matriculados nos EUA considerassem outras possibilidades, como a transferência para escolas com instruções presenciais.
Em uma nota publicada pela agência, o Departamento de Segurança Interna argumentou que "todos os estudantes que estão programados para estudar em uma instituição dos EUA no outono poderão fazê-lo, embora alguns sejam obrigados a estudar no exterior, se sua presença não for necessária para aulas presenciais nos Estados Unidos".