Hipopótamo do traficante Pablo Escobar é atropelado e morre em rodovia na Colômbia
O famoso traficante importou os animais da África e os criava em sua fazenda; bichos estão na região até hoje
Internacional|Do R7
Um hipopótamo morreu ao ser atropelado por um carro nesta terça-feira (11) à noite na rodovia Bogotá-Medellín da Colômbia, onde esses animais, um legado insólito do narcotraficante Pablo Escobar, são considerados uma espécie invasora, informou o Corpo de Bombeiros.
O animal de mais de 1 tonelada ficou deitado na estrada, em uma área próxima a uma fazenda que pertenceu a Escobar, morto em dezembro de 1993 durante um tiroteio com a polícia, informou a comandante do Corpo de Bombeiros do município de Puerto Triunfo (noroeste), María Magdalena Pérez.
Escobar instalou uma pequena manada de hipopótamos em sua fazenda no fim da década de 1980. A frente do veículo, um Renault Duster, envolvido no acidente ficou destruída. "Havia apenas um rapaz [no carro], está ileso", disse Pérez.
Os bombeiros responderam a outro acidente de carro provocado por um desses mamíferos procedentes da África em dezembro. Esse hipopótamo sobreviveu e escapou da área.
Após a morte de Escobar os animais foram abandonados e, com o passar dos anos, povoaram a região de Magdalena Medio — uma savana quente atravessada por rios e pântanos — até se tornarem uma manada de quase 150 hipopótamos.
Um motorista que passava pelo local pouco depois do atropelamento filmou com o celular. As imagens mostram o animal já morto caído no asfalto. Também é possível ver o Duster com sua frente bem avariada.
Assista:
O Ministério do Meio Ambiente da Colômbia declarou os hipopótamos uma espécie invasora no ano passado, o que abriu o caminho para uma eventual caça. Especialistas advertem que sua reprodução fora de controle representa uma ameaça à população e à fauna locais.
Em março, o governador do departamento de Antioquia — onde fica Puerto Triunfo — anunciou um plano para levar quase metade dos animais para santuários no México e na Índia.
A operação custaria US$ 3,5 milhões (quase R$ 20 milhões) e envolve o transporte dos hipopótamos por quase 150 quilômetros, por via terrestre, até o aeroporto internacional mais próximo.