Homem-Aranha stalker persegue jovem com presentes bizarros no Reino Unido
Criminoso não conhecia a vítima, mas guardava muitos detalhes da vida dela em casa
Internacional|Do R7
Um homem de 22 anos admitiu à polícia ter perseguido uma mulher de 24 anos durante 10 meses, em Hailsham, no Reino Unido. O acusado usava uma máscara do Homem-Aranha para não ser identificado e deixava presentes na casa da vítima.
Mason Rogers é acusado de stalking, prática que envolve perseguição recorrente e ameaças à integridade física ou psicológica da vítima. Ele declarou-se culpado na última sexta-feira (10) e está preso enquanto aguarda a sentença.
Presentes inquietantes
O caso começou em fevereiro de 2024, quando Rogers deixou um presente de Dia dos Namorados na porta da casa da vítima.
Em agosto, Rogers enviou outro pacote à vítima, desta vez embrulhado em papel de presente de aniversário. A caixa continha um livro de ficção, baseado em um programa de TV que a vítima gostava na infância. Dentro do presente havia ainda um cartão com a mensagem: “Feliz seis meses e dezessete dias”, tempo desde a entrega do primeiro presente.
O cartão continha também um código QR que direcionava para um trecho de programa de TV chamado “My Stalker” (“meu perseguidor”, em tradução livre). Desconfiada, a vítima verificou as imagens da câmera de segurança e viu um homem usando uma máscara do super-herói Homem-Aranha deixando o pacote na entrada da casa.
Em dezembro, a situação ganhou um novo capítulo quando outro pacote foi deixado na residência. Dessa vez, o entregador usava um boné de beisebol e uma máscara hospitalar. O presente incluía uma câmera de segurança semelhante à que a vítima havia instalado em casa, acompanhada de outra câmera para uso interno. O cartão dizia: “feliz dez meses e dezesseis dias desde que você descobriu que tinha um perseguidor”.
Investigação e prisão
A polícia identificou Mason Rogers como o principal suspeito após analisar os vídeos e rastrear suas ações. Durante uma busca em sua residência, os investigadores encontraram o endereço da vítima anotado em um papel e o mesmo tecido de embrulho usado nos presentes. Também foram encontrados um diário com informações detalhadas sobre a vida da vítima e planos para novos presentes.
A chefe da equipe policial envolvida no caso declarou que o comportamento de Rogers era “profundamente perturbador”. Apesar de não conhecer a vítima pessoalmente, Rogers demonstrava um conhecimento preocupante sobre detalhes de sua vida, como endereço, datas importantes e preferências pessoais.
A investigadora do caso elogiou a coragem da vítima ao denunciar a situação e destacou o papel da Unidade de Prevenção a Perseguidores e Stalkers, uma equipe especializada em apoiar vítimas e orientar investigações de perseguição. “Garantir que as vítimas recebam suporte adequado é essencial para enfrentar casos tão delicados quanto este”, concluiu.