Está acontecendo um incêndio em sua propriedade, o que é que você faz? Chama os bombeiros, claro. Foi isso o que fez um homem na Irlanda quando o fogo atingiu a residência onde vive, só que por esta atitude ele recebeu um boleto de 1.750 libras esterlinas (cerca de R$ 10,9 mil).
David Roche, de Cork, na Irlanda, afirmou que ficou em choque ao receber a fatura e prometeu lutar contra o alto valor cobrado "até o fim", segundo o tabloide britânico The Mirror. Explicação: na Irlanda, as pessoas que chamam os bombeiros para alguma emergência têm de pagar por seus serviços. O valor varia um pouco de cidade para cidade, mas no geral é algo em torno de 440 libras esterlinas (por volta de R$ 2.700).
O problema do irlandês começou quando estava no exterior e seu zelador ligou para os bombeiros locais com o objetivo de alertá-los sobre os incêndios que estavam acontecendo na área. Com a comunidade em perigo, a chamada foi feita “por dever cívico”.
Os bombeiros, no entanto, nunca foram ao local, o que não foi o mais surpreendente da história, que ganhou relevância com a chegada da cobrança de 1.750 libras esterlinas, bem fora do padrão.
Roche não acreditou no valor exorbitante que leu depois de abrir a correspondência e, agora, exige ao Conselho do Condado de Cork — após escrever uma carta com 'palavras fortes' — que a quantia cobrada seja cancelada.
Ele também afirma que nem todos os vizinhos tiveram que pagar uma taxa enorme, apesar de também pedirem aos serviços de emergência que fossem até o local.
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Irritado, Roche disse ao portal irlandês Echo Live Ireland que as autoridades estão jogando um jogo perigoso e teme que as pessoas fiquem com medo de ligar para o serviço de emergência, pois podem ter que pagar muito dinheiro.
“Isso não deveria ser sobre processar pessoas inocentes e assediá-las com contas bizarras pelo que é essencialmente seu dever cívico, isso é ridículo e injustificado”, disse o morador de Cork. "As faturas são chocantes e além da capacidade de pagamento da maioria das pessoas."
Além disso, o homem reforça que "ninguém pode ser cobrado por um incêndio na comunidade".
Em resposta, o Conselho de Cork disse: "Nos casos em que se aplicam taxas de incêndio, elas são emitidas para o beneficiário do serviço, que não é necessariamente a pessoa que faz a chamada. As faturas são geradas com base nas informações disponíveis. As taxas de incêndio serão revisadas se novas informações forem fornecidas".
Roche não é a primeira pessoa de quem foi cobrado um valor considerado absurdo. Leo Bolger, proprietário de uma empresa local em Ballydehob, recebeu uma conta no valor total de 6.116 euros (cerca de R$ 33,2 mil) depois que os serviços do Corpo de Bombeiros de Schull e Bantry foram chamados para apagar incêndios em março.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Odair Braz Jr.