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Homem relata o horror de ataque na Noruega: 'Pensei que era Cabul'

Dinamarquês convertido ao islã usou um arco e flecha para matar cinco pessoas e causou pânico pelas ruas do centro de Kongsberg

Internacional|

Homem que usou arco e flecha para atacar pessoas na Noruega foi preso pela Polícia
Homem que usou arco e flecha para atacar pessoas na Noruega foi preso pela Polícia Homem que usou arco e flecha para atacar pessoas na Noruega foi preso pela Polícia

Testemunhas do ataque com arco e flecha que deixou cinco mortos na Noruega relataram os momentos de horror vividos nesta quarta-feira (13). "Pensei que isto aqui era Cabul", disse um homem que testemunhou o ataque, fazendo uma alusão ao terror vivido na capital do Afeganistão após a retomada do poder pelo grupo radical Talibã.

Kongsberg, uma cidade montanhosa e geralmente tediosa, se viu no centro de uma tragédia na quarta-feira (13), quando, durante mais de meia hora, um homem armado com um arco percorreu suas ruas, repleta de casas de madeira, e disparou flechas letais de maneira aleatória.

O homem, que matou cinco pessoas e feriu outras três, foi detido. 

Ele foi identificado como Espen Andersen Bråthen, um dinamarquês de 37 anos, residente na cidade de 25 mil habitantes e que, segundo a polícia, era suspeito de radicalização. Apesar das informações, a motivação do crime ainda não foi determinada.

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O ataque parece "um ato terrorista", afirmaram os serviços de segurança nesta quinta-feira.

Thomas Nilsen estava em casa quando ouviu os gritos e começou a pensar em cenas de conflito. 

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"Pensei que isto aqui era Cabul", declarou à AFP.

Ataque com arco e flecha matou cinco pessoas em cidade da Noruega
Ataque com arco e flecha matou cinco pessoas em cidade da Noruega Ataque com arco e flecha matou cinco pessoas em cidade da Noruega

A tragédia aconteceu em vários pontos da cidade, incluindo um supermercado, diante do qual a polícia estabeleceu um perímetro de segurança. Em outras áreas, a presença policial era mínima.

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As pessoas que morreram, quatro mulheres e um homem, com idade entre 50 e 70 anos, ainda não tiveram a identidade divulgada pela polícia. Diante da igreja local, foram acesas velas em homenagem às vítimas. 

"Escutei gritos de crianças, latidos e o barulho de um helicóptero sobre minha casa", declarou Terje Kristiansen, outra testemunha. "Não dormi muito esta noite", acrescentou.

Nesta quinta-feira (13), ele precisou fazer compras e seguiu até um estabelecimento no outro extremo da cidade. "Eu ficava olhando um pouco por cima do ombro", admitiu. 

O supermercado local foi a área em que o dinamarquês feriu uma pessoa, um policial que não estava em serviço. De acordo com as autoridades, o agente está fora de perigo.

Homem autor do ataque era dinamarquês e pode ter agido por radicalismo religioso
Homem autor do ataque era dinamarquês e pode ter agido por radicalismo religioso Homem autor do ataque era dinamarquês e pode ter agido por radicalismo religioso

Knut Olav, de 50 anos, pretendia fumar um cigarro na porta de casa quando assistiu a uma cena até então inimaginável.

"Vi um de meus amigos escondido atrás de um carro e, de repente, escutei algo como um 'clique'. Já fui arqueiro e reconheci o barulho do arco e o impacto de uma flecha contra a calçada", disse.

"Depois, vi um homem retirando uma criança do carro e correndo para minha casa", completou.

Como em um filme, antes de ser detido o autor do ataque lançou flechas na direção dos policiais, que responderam com tiros de advertência. Interrogado durante a noite, o homem admitiu os crimes.

O acusado será submetido a exames psiquiátricos e, na sexta-feira, comparecerá a uma audiência com um juiz, que deve determinar a prisão provisória.

Svein Westad estava preparando o jantar quando ouviu a agitação, gritos e um tiro, certamente da polícia. Estava com a janela aberta.

"Continuei cozinhando. Nem pensar em sair", contou.

Após o barulho do ataque, os moradores ouviram a sirene das ambulâncias e das viaturas policiais. 

Westad conhecia uma das vítimas.

"Não sou do tipo de pessoa que pega o telefone para fazer fotos nestas situações", declarou. "Liguei para a polícia e me disseram para ficar em casa. Mais uma razão para não sair."

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