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Hong Kong proíbe manifestação anual pró-democracia  

Em 17 anos é a primeira vez que o governo não permite atos no dia 1º de julho. Polícia cita violência e risco de contaminação pelo coronavírus

Internacional|Da EFE

Violência marcou últimas manifestações
Violência marcou últimas manifestações Violência marcou últimas manifestações

A policía de Hong Kong anunciou neste sábado (27) a proibição, pela primeira vez nos últimos 17 anos, da manifestação pró-democracia de 1º de julho, data que marca o retorno do território da soberania britânica para a China em 1997.

Em carta enviada ao grupo pró-democracia Frente Civil de Direitos Humanos (CHRF, na sigla em inglês), a corporação cita episódios de violência ocoridos no passado recente neste tipo de protesto, além de considerar que a manifestação violaria as regras de segurança para conter a pandemia de Covid-19.

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"Devido à persistente agitação social, a polícia de Hon Kong estudou os riscos e acredita que alguns participantes dessa reunião e passeata pública podem se deslocar e desviar das rotas propostas para vandalizar violentamente edifícios", explica a carta, divulgada pela CHRF em redes sociais.

Embora a maioria das manifestações convocadas pela CHRF tenha sido pacífica, a polícia afirma que os indivíduos citados "podem representar uma grave ameaça para a segurança de outros participantes, cidadãos, jornalistas e agentes". A polícia ainda afirma que "vocês (organizadores) não têm capacidade para controlar seus atos".

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A corporação argumenta também que o protesto excederia as reuniões de um máximo de 50 pessoas autorizadas pelos regulamentos em vigor para evitar contágios por coronavírus.

Esta mesma razão serviu para proibir, em 4 de junho e pela primeira vez em 30 anos, a vigília anual em lembrança ao massacre de Tiananmen, embora muitas pessoas tenham ignorado o veto e o protesto tenha ocorrido sem incidentes, mas em número muito inferior ao de outros anos.

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A chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, negou que existam motivações políticas por trás destas proibições, embora ao mesmo tempo o parque temático da Disneyland Hong Kong, piscinas públicas e bares possam funcionar livremente.

Há mais de um ano, a situação em Hong Kong tem se deteriorado devido ao impacto dos protestos pró-democracia na economia da cidade, onde o PIB local caiu 2,8% e 3% nos últimos dois trimestres de 2019, respectivamente, e 8,9% no primeiro trimestre de 2020, o que foi agravado neste ano pela paralisação causada pela pandemia de coronavírus.

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O panorama político na antiga colônia britânica também está longe de se resolver, com os governos de Pequim e Hong Kong pouco favoráveis ao diálogo e a fazer concessões, e com um movimento pró-democracia que ganhou novo ímpeto após a recente aprovação de uma lei que criminaliza insultos ao hino chinês e de uma lei de segurança aprovada pelo Legislativo chinês no mês passado.

A Declaração Conjunta Sino-Britânica de 1984, que articulou a volta de Hong Kong de mãos britânicas para chinesas em 1997, estabeleceu a manutenção durante pelo menos 50 anos (a partir daquela data) de uma série de liberdades na região inimagináveis na China continental. EFE

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