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Human Rights: ataque de Israel em Gaza violou leis da guerra

Internacional|Do R7

O exército israelense cometeu uma clara violação das leis de guerra quando matou 12 palestinos, incluindo mulheres e crianças, em um ataque aéreo contra uma casa em Gaza no mês passado, acusou a organização de Direitos Humanos Human Rights Watch nesta sexta-feira.

O ataque, realizado durante o oitavo dia da Operação Pilar de Defesa de Israel, foi direcionado contra a casa de uma família cujo pai, Mohammed Jamal al-Dallu, de 29 anos, foi descrito pelos israeleneses como um "terrorista conhecido".

O ataque, o mais mortal durante o conflito que terminou no dia 22 de novembro, matou Dallu, membro da força policial do Hamas, nove membros de sua família e dois vizinhos, informou a HRW.

"Mesmo se Dallu, um oficial da polícia de baixa patente, fosse um alvo militar legítimo sob as leis de guerra, a probabilidade de que um ataque contra uma casa civil matasse um grande número de civis tornou (a ação) desproporcional e ilegal", disse.


O ataque provocou condenação internacional, com muitos observadores particularmente chocados com as mortes de crianças.

O exército israelense afirmou originalmente que o ataque tinha como alvo um membro do Hamas responsável por lançar foguetes contra Israel, Yehia Rabea, sem informar se ele estava dentro da casa da família de Dallu.


Mas o porta-voz do exército Avital Leibovich afirmou posteriormente à AFP que ele "era um terrorista operacional conhecido afiliado ao braço militar do Hamas".

Em seu comunicado divulgado nesta sexta-feira, a HRW, sediada em Nova York, afirmou que as forças israelenses lançaram o que parece ter sido uma "grande bomba aérea" sobre a casa de três andares.


"Israel precisa explicar porque bombardeou esta casa cheia de civis", afirmou Fred Abrahams, assessor especial da HRW que conduziu a pesquisa em Gaza. "Qualquer um que tenha violado a lei deve ser punido de forma apropriada".

O exército israelense informou nesta sexta-feira que sua inteligência identificou a casa de Dallu como "o esconderijo de um militante do Hamas de alto escalão que teve um importante papel na organização de infraestrutura do lançamento de foguetes".

Durante o conflito, 174 palestinos morreram - incluindo mais de 100 civis, entre eles ao menos 37 crianças e 14 mulheres - e seis israelenses, dois soldados e quatro civis, entre eles uma mulher, de acordo com os dois lados do conflito.

jlr/dv/hc/ma

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