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IDH despenca em países marcados por guerras e conflitos

Divulgação do Índice de Desenvolvimento Humano aponta queda em nações como Síria, Líbia e Iêmen, que há anos convivem com a violência

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7

Iêmen teve queda do IDH por causa de conflito
Iêmen teve queda do IDH por causa de conflito

A divulgação do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos países em 2018 demonstra, mais uma vez, que a guerra é determinante para a queda da qualidade de vida de uma nação. E de uma maneira quase instantânea.

Assim que os bombardeios começam a ocorrer, eles derrubam — além de casas, escolas e hospitais — os itens básicos para o cálculo do IDH (cujo máximo é 1,0): a expectativa de vida, o nível de escolaridade e a renda nacional bruta per capita.

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Isso tem ocorrido na Síria, que vive uma guerra civil há mais de sete anos, com mais de 500 mil mortos; na Líbia, em conflito também desde 2011, com mais de 50 mil mortes, e no Iêmen, onde a guerra entre houthis apoiados pelo Irã e forças do governo auxiliadas pela Arábia Saudita dura mais de três anos e já deixou mais de 10 mil mortos.


A Líbia, que vinha já em dificuldades, despencou da 55ª em 2014 (IDH 0,784) para a 108ª em 2018 (0.706). O Iêmen também teve intensa queda, indo da 154ª colocação em 2014 (IDH 0.500) para a 178ª em 2018 (0.452). E a Síria, mesmo melhorando ligeiramente em 2017, estava na 118ª posição em 2014 (IDH de 0.658) e desceu para a 155ª (0.536) em 2018.

Há países que também registram quedas em função de guerras além das suas fronteiras. É o caso do Líbano, que caiu da 65ª colocação de 2014 (IDH 0.765) para a 80ª (0.757) em 2018, também em função da grande quantidade de refugiados que recebeu, mais de 1 milhão de pessoas fugindo do conflito na vizinha Síria, em busca da sobrevivência.


O método para o cálculo do IDH, utilizado pela ONU (Organização das Nações Unidas) desde 1993, foi criado pelo economista paquistanês Mahbub Ul Hak, ao lado de seu amigo, o indiano Amartya Sen. Ambos criaram o Relatório de Desenvolvimento Humano da entidade.

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A união de ambos é simbólica, já que Paquistão e Índia mantêm relações tensas, com a ocorrência de três guerras desde a partilha da Índia após a independência em 1947. Estima-se que cerca de 1 milhão de pessoas morreram durante estes anos, período em que milhões de deslocados deixaram suas terras.

Tal divergência em nada contribui para o IDH da Índia, de Sen, e do Paquistão, de Hak. Mas, unidos, eles buscaram uma referência para o mundo. E para ajudar seus países, na 130ª (Índia) e na 150ª (Paquistão) colocações, a melhorarem seus índices de desenvolvimento.

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