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Igreja Católica dos EUA tira mais de 900 padres de lista de abuso sexual

Se membro não admite culpa, nome deve ser preservado a fim de evitar prejuízos à reputação, informam autoridades da entidade

Internacional|Do R7

Igreja Católica quis preservar identidade dos padres
Igreja Católica quis preservar identidade dos padres

Os nomes de mais de 900 padres, suspeitos de abuso sexual de crianças nos Estados Unidos, foram deixados de fora da lista da Igreja Católica que apura os crimes, segundo um relatório obtido pela AP (Associated Press) no final de 2019.

Apesar de divulgar os nomes de quase 5.300 padres - incluindo 200 em Nova Jersey -, a igreja deixou centenas de membros do clero fora das listas apresentadas por dioceses e ordens religiosas em todo o país, segundo a investigação.

A constatação ocorreu depois de uma comparação de um banco de dados mantido pelo grupo BishopAccountability.org, que reúne documentos de falência, ações judiciais, informações de liquidação, relatórios de júri e contas da mídia.

Mais de 100 ex-membros do clero que não constavam das listas da Igreja Católica foram acusados ​​de crimes sexuais, como estupro, pedido e recebimento ou visualização de pornografia infantil.


Outros 400 nomes documentados pela AP pertencem a clérigos que serviram em dioceses que não divulgaram nenhuma lista.

“Existem muitas lacunas nessas listas”, disse Terence McKiernan, co-fundador da BishopAccountability.org. “Ainda há muito a fazer para chegar à transparência real e verdadeira”, completou.


Autoridades da Igreja Católica disseram que, se um membro do clero não admite culpa, as acusações devem pesar na hora da divulgação de um nome, uma vez que pode prejudicar a reputação daqueles que podem ter sido falsamente acusados.

Ao nomear padres acusados, eles também ficam vulneráveis ​​a ações judiciais mesmo que inocentes, explicou a igreja.

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