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Imagens sugerem que China enviou tropas à fronteira com Hong Kong

Aproximação ocorre em meio a aumento das tensões na província, que é agitada por protestos massivos contra o controle chinês

Internacional|Beatriz Sanz, do R7, com agências internacionais

Satélite captou imagem de estádio cheio de tropas da China
Satélite captou imagem de estádio cheio de tropas da China

Imagens de satélite sugerem que os militares chineses estão chegando perto da fronteira com Hong Kong.

A província convive com protestos contra a tentativa de controle chinês há semanas. A aproximação das tropas do território da província ocorre, justamente, em um momento em que o governo da China aumentou a pressão sobre os manifestantes.

SAIBA MAIS: Por que manifestações em Hong Kong se intensificaram e como a China pode reagir

De acordo com informações da rede de TV norte-americana CNN, as tropas estão chegando para uma missão temporária e devem se alojar em um estádio de futebol.


Segundo o jornal chinês Global Times, a Polícia Armada do Povo da China realizou uma assembleia para decidir sobre a possibilidade de uma intervenção em Hong Kong.

Governo dos EUA responde


O governo dos Estados Unidos se manifestou nesta quarta-feira (14), dizendo estar profundamente procupado com a possível presença de movimentos paramilitares chineses perto da fronteira de Hong Kong.

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"Os EUA estão profundamente preocupados com os relatórios sobre o movimento de paramilitares chineses ao longo da fronteira de Hong Kong", disse um porta-voz do Departamento de Estado, que preferiu manter o anonimato, à Agência Efe.


A diplomacia americana condenou a violência registrada na região administrativa especial da China nos últimos dias e pediu que as partes envolvidas exerçam moderação, apesar de ressaltar que apoia a liberdade de expressão e o direito à reunião pacífica na região.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA pediu à China para "buscar uma solução que respeite a liberdade dos cidadãos de Hong Kong". Para ele, os protestos registrados nas últimas semanas refletem o sentimento dos cidadãos e preocupações legítimas sobre a erosão da autonomia da região promovida por parte do governo de Pequim.

Além disso, o governo dos EUA alertaram que o "contínuo desgate" da autonomia de Hong Kong coloca em risco o "status especial" da região nos assuntos internacionais.

Crise política

Os protestos em Hong Kong começaram em março desde ano como uma resposta à decisão das autoridades locais de sancionar uma lei de extradição. Segundo os críticos, a medida poderia ser usada contra dissidentes políticos, para que eles fossem levados à China para serem processados sem garantias legais.

Os protestos mobilizaram centenas de milhares de pessoas, mas foram acompanhados por episódios de violência nos últimos meses. Os manifestantes também decidiram atrapalhar o funcionamento normal da cidade com greves e ocupações de prédios públicos.

Hong Kong é, na prática, independente da China em vários setores, uma das condições previstas nas relações entre os dois governos, que seguem o princípio conhecido como "um país, dois sistemas". EFE

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