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Imigrantes multados pelo governo Trump pedem apoio a legisladores

Desde o início do mandato, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para aplicar todas as sanções possíveis contra os imigrantes 

Internacional|Da EFE

Edith Espinal, que foi multada em US$ 497.777
Edith Espinal, que foi multada em US$ 497.777

Os imigrantes irregulares que receberam multas de centenas de milhares de dólares por não acatarem às ordens de deportação que pesavam sobre eles estão buscando apoio no Congresso dos Estados Unidos para desafiar as sanções promovidas pelo governo de Donald Trump.

A mexicana Edith Espinal, que foi multada em US$ 497.777, e as guatemaltecas Hilda Ramírez e María Chavalan Sut, com multas de US$ 303.620 e US$ 214.132, respectivamente, todas refugiadas em igrejas, são alguns dos imigrantes afetados pelo que a advogada da primeira classifica como "extorsão".

"Todos nós que vivemos em um santuário sentimos que fomos esquecidos por aqueles que dizem ser nossos defensores", disse Espinal em um apelo aos congressistas.

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A imigrante mexicana, de 42 anos e mãe de três filhos, está refugiada na Igreja Menonita de Columbus (Ohio) desde outubro de 2017 e recebeu uma notificação de multa no último dia 2 por parte da Agência de Controle de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês).


A advogada Lizbeth Mateo, que representa Edith, explicou à Agência Efe que a ICE deu um prazo de 30 dias, que vence na próxima semana, para o pagamento da multa.

"Definitivamente não vamos pagar, não temos esses recursos e, neste momento, precisamos de apoio real, de ações que detenham esses ataques", advertiu Mateo.


A advogada disse que sua cliente recorrerá da multa na Junta de Apelações de Imigração (BIA, na sigla em inglês), mas que isso não garante que será possível evitar o pagamento.

"Do meu ponto de vista, isto é uma extorsão, não temos garantia de que não vão nos mandar outra cobrança, isto é um ataque direto às instituições de fé e à luta contra a deportação", frisou a advogada.


Pouco depois de iniciar seu mandato em 2017, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para aplicar todas as sanções possíveis contra os imigrantes em situação irregular no país.

Segundo as leis, a ICE pode multar quem não cumprir com a lei de imigração em até US$ 799 por dia.

Mateo, cujo escritório de advocacia fica em Los Angeles, viajou até Washington para interceder por Edith e os demais imigrantes que, segundo ela, estão sendo alvo de assédio do governo Trump.

"A Administração está buscando uma desculpa para entrar nos santuários ao redor do país e violar as normas que a própria ICE tem sobre lugares sensíveis onde seus agentes supostamente não podem fazer detenções", opinou a advogada.

A guatemalteca María Chavalan Sut chegou ao país em 2015 buscando asilo político e vive desde setembro de 2018 na Igreja Wesley Memorial United Methodist na Virgínia.

A mesma situação vive sua compatriota Hilda Ramírez, que está refugiada com seu filho Iván na Igreja Presbiteriana San Andrés, em Austin, no Texas.

Com medo de que as autoridades entrem no santuário, a detenham e a separem de seu filho, Hilda enviou uma mensagem aos líderes democratas.

Em comunicado, a guatemalteca pediu a legisladores como o senador Bernie Sanders e o deputado Julián Castro que cumpram suas promessas e façam da luta pelos imigrantes ilegais e as pessoas que estão em santuários "uma prioridade".

Ao chamado de Hilda se juntaram cidadãos americanos afetados pelas políticas migratórias de Trump, como Carly García, que vive separada de seu marido desde que ele buscou refúgio em uma igreja no Missouri para evitar a deportação do país.

"Não importa que eu seja uma cidadã americana e que tenha cinco filhos, mesmo assim eles querem deportar meu marido", lamentou García.

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