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'Importante mas não é o suficiente', diz secretário da ONU sobre COP26

Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres elogiou com ressalvas o Pacto Climático de Glasgow, firmado na cúpula

Internacional|

Acordo manteve meta de barrar aumento de 2ºC no aquecimento global
Acordo manteve meta de barrar aumento de 2ºC no aquecimento global Acordo manteve meta de barrar aumento de 2ºC no aquecimento global

O acordo final aprovado neste sábado (13) na Convenção do Clima (COP26) de Glasgow, na Escócia, é um compromisso, mas não é o suficiente, declarou nesta tarde o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em vídeo publicado em suas redes sociais.

"[O acordo] reflete os interesses, as contradições e o estado de vontade política do mundo hoje. É um passo importante, mas não é o suficiente", afirma Guterres. Ele defende a necessidade de acelerar as ações climáticas para limitar o aumento da temperatura global em 1,5ºC. "É hora de ligar o modo emergência", ressalta.

Guterres ainda deixou um recado para jovens, comunidades indígenas, líderes mulheres e todos os ativistas: "Sei que vocês estão desapontados, mas o caminho para o progresso nem sempre é uma linha reta. Às vezes há desvios e valas. Mas sei que conseguiremos chegar lá. Estamos na luta das nossas vidas e essa luta deve ser vencida. Nunca desista nem recue, continue indo em frente. Estou com vocês", afirmou.

Já a secretária-executiva da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, Patricia Espinosa, que discursou na plenária do evento nesta tarde, afirmou que poucos negociadores retornarão ao seu país completamente satisfeitos com o documento final da cúpula, mas isso faz parte de operar sob o multilateralismo.

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"O reconhecimento [dos problemas climáticos] foi o que permitiu o apoio e o consenso sobre o acordo", afirma Espinosa, destacando que o sucesso do encontro não se resumia a anúncios impactantes, e sim um pacote que fizesse sentido. "Temos boas intenções e ações mensuráveis [no acordo]", destaca.

Para Espinosa, a discussão financeira era essencial, uma vez que países desenvolvidos necessitam de suporte para acompanhar o acordo climático. Mas, de modo geral, a secretária-executiva se mostrou satisfeita com o que chamou de "transformação histórica". Disse que agora os negociadores podem aproveitar o que conquistaram e ressaltou que todos devem permanecer vigilantes para que as promessas sejam cumpridas.

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Depois de Espinosa, o presidente da COP26, Alok Sharma, retornou ao microfone da plenária para dizer que estava orgulhoso do que foi conquistado coletivamente. "É um progresso real e agora o trabalho deve começar. Podemos dizer que mantemos [o aumento limite de] 1,5ºC sob alcance", ressalta.

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