Índia começa os trabalhos de limpeza após chuvas torrenciais
Inundações e deslizamentos de terra provocaram a morte de pelo menos 198 pessoas e 31 seguem desaparecidas
Internacional|Do R7
Uma grande operação de limpeza começou na Índia nesta segunda-feira (26), em meio à melhora do tempo após vários dias de chuvas de monções. O fenômeno causou inundações e deslizamentos de terra e deixou cerca de 198 mortos.
Além disso, as fortes chuvas obrigaram cerca de 250 mil pessoas a deixarem suas casas em três estados da costa oeste deste país asiático e causaram cortes generalizados de energia.
Inundações e deslizamentos de terra são frequentes durante a temporada de monções na Índia (de junho a setembro), que provoca o aumento do volume dos rios e das águas subterrâneas. Especialistas consideram, no entanto, que a mudança climática aumentou sua intensidade.
"A atenção se concentra na evacuação dos feridos e no reparo das linhas de energia, agora que o nível da água baixou", disse à AFP um porta-voz da força de ajuda a vítimas de catástrofes naturais.
"Parou de chover na maioria dos lugares (...) Estamos ajudando nas operações de limpeza", acrescentou.
O estado mais afetado é o de Maharashtra, que tem Mumbai como sua capital.
No total, 53 corpos foram recuperados em Taliye, a sudeste de Mumbai, onde ocorreu um grande deslizamento de terra.
Os socorristas suspenderam as tarefas para encontrar 31 pessoas desaparecidas, que passaram a ser contabilizadas como mortas.
Outros deslizamentos aconteceram no distrito vizinho de Satara, onde 29 pessoas perderam a vida.
Em Chiplun, 24 horas de chuva fizeram o nível da água subir quase 6 metros em alguns bairros.
Na região, oito pacientes de um hospital local para pacientes com covid-19 morreram depois que as inundações provocaram cortes de energia elétrica, necessária para os respiradores.
No domingo, o chefe do governo de Maharashtra, Uddhav Thackeray, descreveu o que aconteceu neste distrito como "inimaginável".
"O nível da água atingiu o telhado da minha loja, tinha muita água lá dentro", relatou um comerciante local em entrevista à rede indiana NDTV.