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Índia supera 20 milhões de casos de covid com caos nos hospitais

Centros médicos estão lotados e sem oxigênio, leitos e remédios, mesmo com ajuda internacional e insumos enviados

Internacional|Da AFP

Índia supera 20 milhões de casos de covid
Índia supera 20 milhões de casos de covid Danish Siddiqui/Reuters - 15.4.2021

A Índia superou, nesta terça-feira (4), a marca de 20 milhões de casos de covid-19 e o cenário no país é cada vez mais preocupante, com o sistema de saúde asfixiado.

Nesta terça-feira, o país asiático contabilizou mais de 350 mil novos casos, um pouco menos que o recorde de 402 mil em 24 horas registrado na semana passada.

"Há um sinal de movimento na direção correta", afirmou na segunda-feira Lav Aggarwal, alto funcionário do ministério da Saúde indiano.

A Índia, que sofre com uma onda de contágios de uma nova variante do vírus, tem um balanço de 222 mil mortes, uma situação dramática atribuída por especialistas aos grandes encontros religiosos e à inércia do governo do primeiro-ministro nacionalista Narendra Modi.


Os hospitais estão em colapso, com falta de oxigênio, remédios e leitos, apesar dos esforços da comunidade internacional para ajudar o país na luta contra o vírus, que matou mais de 3,2 milhões de pessoas no mundo. 

"Trabalhamos muito duro, mas não podemos salvar a todos", afirma Swadha Prasad, de 17 anos, que atua como voluntária em Nova Délhi verificando a disponibilidade de leitos e remédios, além de atender ligações de pessoas desesperadas em busca de ajuda para os familiares.


Na Austrália, cresce a hostilidade contra o governo, que proibiu a entrada de pessoas procedentes da Índia, inclusive de cidadãos do país, o que deixou milhares de australianos retidos.

"Se o nosso governo se importasse com a segurança dos australianos nos permitiria retornar para casa. Isto é uma vergonha", escreveu no Twitter Michael Slater, um ex-jogador de críquete, bloqueado nas Maldivas.


O governo australiano advertiu no sábado que os cidadãos do país que retornassem da Índia em voos com escala poderiam correr o risco de penas de cinco anos de prisão. 

O primeiro-ministro Scott Morrison recuou na ameaça de prisão, mas manteve a decisão de proibir os retornos.

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