Inventor dinamarquês será julgado pelo assassinato de jornalista
Kim Wall foi assassinada por Peter Madsen em agosto de 2017
Internacional|Beatriz Sanz, do R7, com agências
O inventor dinamarquês Peter Madsen foi acusado de homicídio nesta terça-feira (16). A acusação feita pelos promotores é de premeditar o assassinato de Kim Wall, uma jornalista que estava encarregada de entrevistá-lo. Além disso, a queixa possui o agravante de esquartejamento e “relações sexuais de natureza perigosa”.
O corpo esquartejado da jornalista foi encontrado em 21 de agosto de 2017 em uma ilha perto de Copenhagen. Inicialmente, ele negou tê-la matado, alegando que sua morte havia sido um acidente. As informações são da CNN.
No torso recuperado pela polícia havia sinais de facadas e no computador de Madsen foram encontrados vídeos de mulheres sendo torturadas e executadas.
Enquanto Madsen foi resgatado cerca de 15 horas depois de ter afundado seu submarino caseiro de propósito, no dia 11 de agosto do ano passado, a polícia continuou buscando por Kim, mas sem nenhuma pista até que partes do seu corpo como cabeça, torso e pernas começaram a surgir na Bahia de Koge, sul de Copenhague.
O julgamento está marcado para o dia 08 de março e a pena que Madsen pode pegar varia de cinco anos à prisão perpétua. O promotor Jakob Buch-Jepsen, responsável pelo caso, já afirmou que irá pedir a pena máxima.
Wall era formada pela Universidade de Columbia e pela London School of Economics. Ela trabalhava entre Nova York e Pequim. Tinha matérias publicadas no The New York Times, The Guardian, Time e entre outras publicações.
No Facebook, sua mãe, Ingrid Wall, disse que a filha havia dado “voz aos fracos, vulneráveis e marginalizados. O mundo precisava dessa voz nos anos que virão, mas agora ela foi silenciada”.