Irã acusa EUA de dificultarem providências contra o coronavírus
Pais do Oriente Médio já tem mais de 1,5 mil mortes por causa da covid-19 e diz que sanções americanas prejudicam estratégias do governo
Internacional|Da EFE
O número de mortes causadas pelo coronavírus no Irã aumentou neste sábado (21) para 1.556, e as autoridades do país denunciaram o efeito adverso das sanções impostas pelos Estados Unidos na luta contra a pandemia.
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De acordo com os últimos números do Ministério da Saúde, houve 123 mortes de ontem para hoje, uma diminuição em comparação ao relatório anterior, e outras 966 pessoas foram infectadas.
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Até agora, 20.610 pessoas que vivem em território iraniano foram infectadas, das quais 1.556 morreram e 7.635 já se recuperaram.
Apesar da gravidade da situação, os EUA vão continuar com a "política de máxima pressão" contra Teerã, como reconheceu o representante especial do governo americano para o Irã, Brian Hook, que recentemente declarou que as punições não impedem a chegada de ajuda.
Embora medicamentos e alimentos estejam isentos das sanções, a realidade é que, como as transações financeiras com o Irã são penalizadas, qualquer importação é dificultada. Isso levou o presidente iraniano, Hassan Rohani, a pedir em uma carta ao povo americano para parar o que chamou de capítulo negro na história dos EUA.
"As sanções têm prejudicado drasticamente a capacidade do povo iraniano de combater o coronavírus e, como resultado, alguns cidadãos estão perdendo suas vidas", denunciou Rohani em pronunciamento divulgado hoje pela imprensa oficial.
Por sua vez, o ministro de Relações Exteriores, Mohamad Yavad Zarif, fez críticas dizendo que o governo dos EUA tem orgulho em matar iranianos e mostra desrespeito absoluto pela vida humana.
Zarif ressaltou que o Irã não cederá à pressão, que começou em maio de 2018, quando Washington se retirou unilateralmente do acordo nuclear com Teerã e anunciou que voltaria a punir o país persa.