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Irã descarta espancamento e afirma que mulher presa por uso incorreto de véu morreu por doença cerebral

TV estatal indicou que a vítima sofreu 'intervenção cirúrgica devido a um tumor aos 8 anos'; o suposto assassinato provocou protestos

Internacional|Do R7, com AFP

Fonte em parque de Teerã teve a água pintada em protesto à morte da mulher
Fonte em parque de Teerã teve a água pintada em protesto à morte da mulher Fonte em parque de Teerã teve a água pintada em protesto à morte da mulher

A morte de Mahsa Amini durante sua detenção no Irã pela polícia da moral está relacionada a uma doença cerebral e não foi causada por espancamentos, de acordo com um relatório médico divulgado pela República Islâmica nesta sexta-feira (7).

A Organização Forense Iraniana informou que "a morte de Mahsa Amini não foi causada por pancadas na cabeça e órgãos vitais", mas por "intervenção cirúrgica devido a um tumor cerebral aos 8 anos", segundo o relatório publicado pela televisão estatal.

Imediatamente após a morte de Amini, houve uma onda de manifestações, encabeçadas por mulheres, contra o governo de Teerã. Um levantamento da ONG IHR (Iran Human Rights) apontou que ao menos 92 pessoas morreram no Irã na repressão dos protestos iniciados há duas semanas.

No início dos atos, o diretor do IHR, Mahmood Amiry-Moghaddam, afirmou em comunicado que "o povo do Irã saiu às ruas para alcançar seus direitos fundamentais e dignidade humana... E o governo está respondendo a seu protesto pacífico com balas".

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Mahsa Amini, de 22 anos, natural do Curdistão (noroeste do país), foi detida em 13 de setembro em Teerã, acusada de "usar roupa inapropriada" pela polícia da moral, uma unidade responsável por observar o cumprimento do rígido código de vestimenta. A jovem supostamente deixou parte do cabelo visível sob o véu na cabeça. Ela morreu em 16 de setembro em um hospital.

As mulheres no Irã devem cobrir os cabelos e não têm o direito de usar peças curtas acima dos joelhos, calças apertadas ou jeans rasgados.

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