Irã pede que comunidade internacional se oponha aos EUA
Declarações foram feitas em reunião com presidente boliviano, Evo Morales, antes do início da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York
Internacional|Da Agência Brasil
O presidente do Irã, Hassan Rouhani, considera que a comunidade internacional deve se opor firmemente à violação dos acordos por parte dos Estados Unidos, afirmou nesta terça-feira (25), a presidência do país, por meio de um comunicado.
"Devemos mostrar que aqueles que violam as leis internacionais nunca serão aceitos pela opinião pública mundial", disse a nota. A afirmação é uma referência ao rompimento do acordo nuclear com o Irã negociado em 2015.
Rouhani fez essas declarações durante uma reunião ontem (24), com o presidente boliviano, Evo Morales, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
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O presidente iraniano destacou que, para defender do assédio e a ingerência americana dos interesses dos "países independentes", como considerou Irã e Bolívia, é necessário que eles permaneçam "unidos".
"A nação iraniana sempre apoiará firmemente seus amigos em todos os campos", ressaltou Rouhani, citando os países latino-americanos e, especialmente, a Bolívia.
Apoio
Morales disse que o Irã e o seu país estão no mesmo caminho para lutar pela liberdade, segundo a nota da presidência iraniana.
"Os americanos sempre tentam interferir nos assuntos dos países independentes que têm muitos recursos naturais e humanos", denunciou o líder boliviano.
Em maio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu retirar seu país do acordo nuclear de 2015 e voltou a impor sanções econômicas ao Irã, cuja segunda rodada entrará em vigor em novembro.
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Especulações
Embora houvesse especulações sobre um possível encontro entre Trump e Rouhani durante a Assembleia Geral, já que a Casa Branca tinha deixado a porta aberta para isso, o presidente iraniano descartou ontem essa possibilidade.
Além disso, durante seu encontro com Morales, Rouhani voltou a denunciar o apoio que os Estados Unidos oferecem a certos grupos terroristas ou a países que respaldam esses grupos, como fez depois do atentado no último sábado, que matou 25 pessoas na cidade de Ahvaz.
"Muitos grupos terroristas na região [do Oriente Médio] estão sendo apoiados pelos Estados Unidos, tanto financeiramente, quanto com armas", afirmou.
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