Irã rejeita apelos por moderação em resposta a assassinato de líder do grupo terrorista Hamas
País rejeitou esforços dos Estados Unidos e dos países árabes para moderar sua resposta ao assassinato em Teerã do principal líder do grupo terrorista
Internacional|Do Estadão Conteúdo
O Irã rejeitou esforços dos Estados Unidos e dos países árabes para moderar sua resposta ao assassinato em Teerã do principal líder político do Hamas. Os promotores iranianos disseram no sábado (3) que abriram uma investigação formal sobre o assassinato de Ismail Haniyeh, ocorrido horas depois de um ataque israelense matar um comandante sênior do Hezbollah em Beirute.
Os dois ataques, após ofensiva de foguetes em um campo de futebol nas Colinas de Golã controladas por Israel, intensificaram um ciclo recente de violência e ameaçam levar a região à guerra, já que os líderes iranianos prometeram retaliar. No sábado, o Irã disse a diplomatas árabes que não se importava se a resposta desencadeasse uma guerra, segundo pessoas familiarizadas com as conversas.
Os EUA pediram aos governos europeus e outros parceiros que transmitissem uma mensagem ao Irã para não aumentar as tensões. Os EUA também alertaram que qualquer ataque significativo atrairia uma resposta e sinalizaram que os esforços do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, para melhorar o engajamento com o Ocidente teriam mais chances se o Irã demonstrasse moderação, segundo pessoas envolvidas nas discussões.
Os EUA disseram ainda em sua mensagem, que estavam pressionando Israel para moderar sua atuação.
Israel, por sua vez, disse estar preparado para defender e responder o país contra qualquer ataque. “Israel está agora em uma guerra multifrontal contra o eixo do mal iraniano”, disse o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu no domingo.
”Estamos prontos para qualquer cenário - seja defensivo ou ofensivo. Repito aos nossos inimigos: responderemos e cobraremos um preço alto por qualquer ato de agressão contra nós, de qualquer arena”, acrescentou o líder de Israel.