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Irlanda critica acordo UE-Mercosul: 'Decepcionante e insatisfatório'

Ministra de Emprego irlandesa declarou no parlamento nacional que o novo pacto, fruto de mais de 20 anos de negociações, terá um impacto 'negativo'

Internacional|Da EFE

Irlanda classificou acordo como 'insatisfatório'
Irlanda classificou acordo como 'insatisfatório'

O governo da República da Irlanda afirmou nesta quinta-feira (4) que o acordo fechado na semana passada entre Mercosul e UE (União Europeia) é "decepcionante" e "insatisfatório" para os interesses do país.

A ministra de Emprego irlandesa, a democrata-cristã Regina Doherty, declarou nesta quinta-feira no parlamento nacional que o novo pacto, fruto de mais de 20 anos de negociações, terá um impacto "negativo" não só para seu país, mas também para outros parceiros do bloco.

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No entanto, Doherty ressaltou que o texto final do acordo não "foi completado ainda e que demorará algum tempo para certos detalhes serem acertados".

Em sintonia com o governo, as associações agrícolas e criadoras de gado advertiram que as mudanças nas políticas tarifárias para as exportações do bloco sul-americano poderiam, por exemplo, afetar a qualidade da carne bovina na UE.


"O acordo, que inclui um grande contingente tarifário que permitirá as importações de carne bovina dos países do Mercosul, obviamente é uma decepção para todos", lamentou Doherty.

A ministra lembrou que o governo trabalhou com Bruxelas durante os últimos anos para "suavizar as condições" do pacto até sua forma atual, mas admitiu que "ainda resta muito a ser feito".


Neste sentido, assegurou que o governo comandado pelo primeiro-ministro Leo Varadkar vai continuar "trabalhando duro com seus sócios comunitários durante os próximos dois anos para tentar diminuir o impacto que o acordo teria como está redigido agora".

Para que o pacto entre em vigor, os próximos passos são a revisão legal do texto, a assinatura oficial e o debate e a respectiva aprovação no Congresso de cada um dos países.

Uma vez encerrado este processo, e no que diz respeito ao âmbito comercial, o acordo não implica uma "abertura imediata" das barreiras tarifárias.

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