Islândia passa por 17 mil tremores em uma semana e teme erupção
Localizada em cima de uma falha geológica, a ilha está em alerta com o excesso de atividade nos últimos dias
Internacional|Do R7
Todos os anos, a Islândia sofre, em média, mil tremores de terra, em geral muito leves para causar qualquer dano. Por ficar em uma ilha vulcânica em cima de uma falha geológica entre a placa onde ficam a Europa e a Ásia e a placa da América do Norte, isso faz parte da vida.
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O que vem acontecendo no país há pouco mais de uma semana, no entanto, não é comum. Nesse período, a Islândia registrou mais de 17 mil tremores de baixa intensidade, sendo que o maior deles, no último dia 24, foi de 5.7 graus na escala Richter.
Convivendo com os tremores
Até o momento, não foi registrado nenhum dano além de rachaduras em algumas estradas, mas o país começou a se preparar para uma possível erupção vulcânica perto da capital, Reykjavyk. O epicentro do tremor do dia 24 foi perto do Monte Keilir, que fica cerca de 30 km ao sul da cidade. A Islândia tem cerca de 30 sistemas vulcânicos, entre fissuras e vulcões ativos,
"Nós estamos acostumados com tremores. Mas agora aumentou muito e isso é preocupante. Não digo que estou assustado, mas é uma situação desconfortãvel. Outra noite eu acordei duas vezes por causa de tremores. Houve um grande quando deitei e acordei com outro. É difícil, mas você aprende a conviver", disse o parlamentar Páll Valur Björnsson, em entrevista à CNN.
Estudos feitos pelos especialistas do país indicam que, mesmo que haja uma erupção de grandes proporções nos próximos dias, as principais cidades do país de 350 mil habitantes não estariam no caminho previsto para os grandes fluxos de lava, assim como o aeroporto de Reykjavyk, mas a principal estrada islandesa e parte do sistema elétrico poderiam ser atingidos.
Em 2010, a erupção do vulcão Eyjafjallajökull jogou milhares de toneladas de cinzas no ar e causou uma das maiores interrupções de tráfego aéreo em décadas. O modelo atual não prevê nada parecido, afirma o governo, que intensificou o monitoramento dos vulcões com câmeras, drones e sismógrafos.