Israel promete liberar ajuda humanitária a civis que se deslocarem para o sul de Gaza
Comida, água potável e demais itens essenciais deverão entrar no território palestino via al-Mawasi, cidade a cerca de 10 km do Egito
Internacional|Do R7, com AFP
As Forças de Defesa de Israel prometeram, nesta quarta-feira (18), liberar ajuda humanitária aos civis que seguirem as recomendações de sair do norte e se deslocarem para o sul da Faixa de Gaza. Em comunicado em vídeo, o coronel Elad Goren, chefe do Departamento Civil da Cogat (Coordenação de Governo para Atividades nos Territórios), afirmou que os recursos deverão entrar por uma cidade perto do Egito.
"Nos últimos dias, as Forças de Defesa de Israel pediram aos moradores do norte da Faixa de Gaza para evacuarem suas casas e se mudarem para o sul. Essa medida foi tomada para protegê-los. Recomendamos a mudança para áreas abertas, a oeste de Khan Yunis, e, se necessário, a ajuda humanitária internacional será enviada para lá", disse o militar.
As Forças de Defesa de Israel sugeriram que deverão abrir um corredor humanitário internacional na localidade de al-Mawasi, que fica a cerca de 10 km de distância do Egito. Comida, água potável e demais itens essenciais serão enviados para lá "se necessário", ressaltaram os militares.
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Após indicar o local da ajuda humanitária, o coronel enfatizou as críticas ao grupo terrorista que atacou o território israelense e matou cerca de 1.400 pessoas, a maioria de civis.
"O Hamas está tentando evitar que a população não saia do norte de Gaza, o Hamas continua a trazer destruição e a pôr em risco os moradores. Repetimos nossa recomendação: qualquer um, localizado no norte da Faixa de Gaza, deve se mudar para o sul", afirmou.
Hospital bombardeado e situação incontrolável
A situação na Faixa de Gaza está ficando incontrolável, afirmou hoje o diretor da OMS (Organização Mundial da Saúde), um dia após o bombardeio de um hospital que deixou centenas mortos, ataque que causou troca de acusações entre Israel e terroristas palestinos.
"Precisamos que a violência pare em todos os lados", afirmou numa rede social o principal diretor da agência da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que também lamentou a impossibilidade de entregar ajuda humanitária no enclave palestino.
"A cada segundo que esperamos para introduzir ajuda médica, perdemos vidas", disse, antes de recordar que a ajuda está bloqueada há quatro dias na fronteira entre Egito e Faixa de Gaza.
"Precisamos de acesso imediato para começar a entregar material que pode salvar vidas", enfatizou o diretor da OMS, antes de destacar que "a situação em Gaza está ficando incontrolável".
Assim como vários funcionários de agências da ONU, de ONGs e autoridades de vários países, Tedros pediu a abertura da passagem de fronteira de Rafah, entre Gaza e Egito.
Toneladas de ajuda estão bloqueadas no deserto do Sinai egípcio há vários dias. Rafah está fechada do lado palestino, após vários bombardeios na última semana.
O governo dos Estados Unidos afirmou que está trabalhando para um acordo, mas israelenses e egípcios não chegam a um consenso sobre as garantias de segurança para uma abertura da passagem de Rafah.
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