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Israel facilitará licenças para que mais civis possam se armar

Decisão do governo de Benjamin Netanyahu se dá após os ataques aéreos promovidos pelo Hamas desde sábado (7)

Internacional|Do R7

Tropas israelenses patrulham as ruas do país
Tropas israelenses patrulham as ruas do país ATEF SAFADI/EFE

O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, emitiu neste domingo (8) uma "ordem de emergência" para a Divisão de Licenças de Armas de Fogo, a fim de facilitar o armamento do maior número possível de cidadãos israelenses em plena guerra contra o Hamas.

"Qualquer cidadão que cumpra os critérios para a posse de armas de fogo, sem registro criminal ou médico, poderá receber aprovação para a posse de armas de fogo", afirmou o gabinete do ministro.

O prazo para a obtenção da licença será de apenas uma semana, após o requerente ter sido submetido a uma entrevista por telefone. Além disso, os cidadãos que entregaram as suas armas de fogo no último ano por não terem renovado a licença ou por não terem feito formação poderão recuperar o armamento.

Como parte da ordem, serão emitidas autorizações para a posse de armas de fogo com um bônus para a compra de até cem cartuchos — o limite atual é de 50.


Ben Gvir, da ala de extrema direita do atual governo antiárabe do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, já facilitou a obtenção de licenças de porte de arma para combater o "terrorismo" na Cisjordânia ocupada, onde a violência disparou no último ano, com a proliferação de incursões do Exército que terminaram em confrontos, novos grupos armados palestinos que cometeram atentados e diversas agressões de colonos.

Em Israel, o requisito fundamental para possuir uma arma é ter antecedentes militares — algo comum, porque o serviço militar é obrigatório — ou viver em alguma zona de segurança "sensível", como os territórios perto de Gaza ou os assentamentos na Cisjordânia ocupada.


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Nos primeiros cinco meses do ano, Israel emitiu 12 mil novas licenças de porte de arma, quase tantas como em todo o ano de 2022. Estima-se que, em todo o país, existam mais de 170 mil civis licenciados em uma população de 9,7 milhões.

Israel declarou ontem o estado de guerra após o Hamas ter lançado um ataque múltiplo por terra, mar e ar que pegou o país de surpresa, em uma escala sem precedentes, com milhares de mísseis disparados e incursões terrestres em solo israeelense, onde dezenas de pessoas foram massacradas e sequestradas.

Em dois dias, os números em Israel já passam de 700 mortos e 2.200 feridos, mas podem aumentar à medida que as tropas israelenses recuperem o controle das áreas tomadas pelo Hamas, enquanto os pesados bombardeios israelenses em resposta a Gaza deixaram mais de 430 mortos e 2.300 feridos.

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