Israel planeja aumentar assentamentos em Jerusalém
Em dois meses, foram promovidas 2.275 unidades residenciais na região de Jerusalém Oriental, ocupada por Israel em 1967 e anexada em 1980
Internacional|Do R7
As autoridades de Israel apresentaram nesta quinta-feira dois planos em grande escala para a construção de 608 casas nos assentamentos judaicos de Gilo e Ramot, situados na região ocupada do Jerusalém Oriental, informou a ONG israelense Ir Amim.
Os dois projetos para construir novas residências "foram apresentados para objeções públicas", e ambos os planos urbanísticos se situam "além da linha verde", detalhou a porta-voz da entidade, Betty Hershman, indicando que se trata de território considerado ocupado pela comunidade internacional.
A organização Ir Amim explicou hoje que do total de 608 casas contempladas nos planos, 345 serão construídas em um terreno vazio dentro da área edificada do assentamento de Gilo, enquanto as de Ramot supõem a ampliação desta colônia com mais 263 casas.
Os projetos aprovados para a ampliação dessas colônias na área palestina ocupada de Jerusalém seguem as licitações que foram apresentadas na semana passada no assentamento de Ramat Shlomo, para a construção de outras 603 residências.
Nos últimos dois meses, foram promovidas 2.275 unidades residenciais na região de Jerusalém Oriental, ocupada por Israel em 1967 e anexada em 1980 contra o consenso internacional, e que atualmente está sob jurisdição civil israelense.
Além disso, ontem, o Alto Comitê de Planejamento da Administração Civil israelense, um órgão militar, apresentou planos para consulta e validação para edificar outros 1.004 imóveis no território palestino da Cisjordânia.
A ONG israelense Shalom Ajshav (Paz Agora, em tradução livre do hebraico) disse ontem que, no caso da Cisjordânia ocupada, o Executivo israelense apresentou planos de edificação de 10.536 casas e liberou para licitação a construção de 5.679 unidades desde que Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos em novembro de 2016.