Israel processa atriz por publicações sobre a Faixa de Gaza

Maisa Abdel Hadi foi presa na última segunda-feira (23), acusada de incitar o terrorismo com postagens que estimulam a derrubada do muro que separa israelenses e palestinos

29/10/2023 - 11h23 (Atualizado em 20/04/2024 - 04h24)

Uma famosa atriz árabe-israelense foi acusada de incitação ao terrorismo por publicações nas redes sociais relacionadas ao ataque promovido por terroristas do Hamas em Israel ,no dia 7 de outubro.

Maisa Abdel Hadi, que mora na cidade de Nazaré, no norte de Israel, foi presa na última segunda-feira (23) e posta sob custódia policial por 48 horas. Segundo a polícia, ela teria publicado uma foto de uma escavadeira destruindo a cerca que separa a Faixa de Gaza de Israel, no início do ataque do Hamas, que deixou mais de 1.400 mortos, a maioria civil.

"Vamos fazer isso ao estilo de Berlim", escreveu Maisa ao lado da foto, referindo-se à queda do muro que separava as duas Alemanhas, em 1989. Abdel Hadi, de 37 anos, também tinha publicado no Instagram, segundo a polícia, a foto de uma idosa refém, entre as cerca de 230 pessoas raptadas e levadas para Gaza, acompanhada da legenda: "Esta senhora vai viver a aventura da sua vida".

O Ministério da Justiça disse em um comunicado, no qual anunciava a sua acusação, que as mensagens da atriz equivaliam a "simpatia, incitamento e apoio a atos terroristas". A data de seu julgamento não foi especificada.

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De acordo com múltiplos testemunhos e com a polícia israelense, membros da minoria árabe de Israel e palestinos em Jerusalém Oriental foram demitidos, expulsos das universidades ou detidos por terem publicado mensagens nas redes sociais em solidariedade à Faixa de Gaza. Os árabes israelenses, que constituem um quinto da população de Israel, são descendentes dos palestinos que permaneceram em suas terras após a criação de Israel, em 1948.

Conheça a cidade 'fake' que Israel usa para treinar a incursão a Gaza

As FDI (Forças de Defesa de Israel) e o governo israelense
prometem uma grande incursão na Faixa de Gaza para eliminar o grupo terrorista
Hamas. Mais de 360 mil reservistas do Exército judeu foram convocados dos
quatro cantos do mundo para fazer parte dessa contraofensiva

Enquanto o dia D não chega, os militares israelenses fazem
treinamentos para o combate contra os guerrilheiros palestinos. Parte dessas
tropas está na base militar de Tze’elim, no deserto de Negev, onde foi
construída a Baladia, palavra em árabe para cidade

A instalação, que possui 19 km² e custou
US$ 45 milhões, foi construída em 2005 e simula uma típica cidade palestina. Desenvolvida com a ajuda dos Estados Unidos, o espaço conta com escolas, casas, prédios e até mesquitas,
segundo o veículo britânico The Independente

O local é ambientado com pichações em árabe e tem até a imagem de um terrorista atirando com uma RPG — lançador de granadas utilizado para atacar veículos blindados

Além de Estados Unidos e Israel, os capacetes azuis da ONU
— tropas responsáveis pela manutenção da paz mundo afora — realizaram sessões
de treinamento em Baladia

A base militar de Negev fica a leste da Faixa de Gaza,
onde os militares aguardam o aval para a incursão terrestre

Os ataques de Israel têm se baseado em bombardeios com mísseis disparados de seu território contra o enclave palestino

De acordo com fontes oficias de ambos os lados, mais de
8.500 pessoas já morreram nas três primeiras semanas de guerra, entre civis,
soldados e guerrilheiros

As FDI (Forças de Defesa de Israel) e o governo israelense prometem uma grande incursão na Faixa de Gaza para eliminar o grupo terrorista Hamas. Mais de 360 mil reservistas do Exército judeu foram convocados dos quatro cantos do mundo para fazer parte ...