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Israel retoma nesta noite enterros de vítimas da tragédia em festival

Na sexta, 22 pessoas foram sepultadas; cerimônias de despedida prosseguem após Sabbat, descanso semanal judaico de sábado

Internacional|Da AFP

Até agora, 32 pessoas já foram identificadas entre os 45 mortos da tragédia
Até agora, 32 pessoas já foram identificadas entre os 45 mortos da tragédia

Israel se prepara, neste sábado (1º), para fazer mais enterros nesta noite das vítimas de uma tragédia que causou 45 mortes em uma peregrinação de judeus ortodoxos, uma das catástrofes "mais graves" de sua história, na última sexta-feira (30).

O Estado hebreu começou a fazer os sepultamentos ontem mesmo depois da catástrofe, no monte Merón, ao norte do país, um dos maiores eventos desde o início da pandemia da covid-19, com a presença de milhares de pessoas.

"A catástrofe do Monte Meron é uma das mais graves que atingiu o Estado de Israel", declarou o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, que decretou um dia de luto no domingo (2).

"Os corpos de 32 vítimas do desastre de Merón foram identificados", disse o Ministério da Saúde em um comunicado na noite de sexta-feira. Vinte e dois corpos já foram enterrados.


“Devido ao Sabbat [dia de descanso semanal judaico] e por ordem do Rabino-chefe de Israel, não é possível continuar o processo" de identificação, bem como os enterros, proibidos durante o período pela lei judaica, informou o ministério. "Continuaremos após o fim do sábado", acrescentou.

Comovente

Na quinta-feira (29) à noite, dezenas de milhares de pessoas se reuniram para uma peregrinação para celebrar o feriado judaico de Lag Baomer, no Monte Merón, ao redor do suposto túmulo do Rabino Shimon Bar Yochai, um talmudista do século 2 e a quem é creditado a redação do Zohar, um obra central do misticismo judaico.


Antes da tragédia, uma densa multidão dançou e cantou. Homens e mulheres foram separados e muitas crianças estiveram presentes, entre velas acesas, de acordo com imagens filmadas pela AFP.

De acordo com os testemunhos recolhidos pela AFP, um grande número de peregrinos aglomerou-se para passar por um corredor muito estreito.


“Cada vez mais pessoas vinham. [...] A polícia não os deixava sair e eles começaram a se pressionar e depois a se esmagar”, disse à AFP Shmuel, de 18 anos, testemunha da tragédia. “Dezenas de pessoas morreram esmagadas, é uma catástrofe”, acrescentou.

Após a catástrofe, ambulâncias e helicópteros foram enviados para retirar os feridos. As equipes de resgate mal conseguiram chegar até as 150 pessoas machucadas para atendê-los por causa da multidão, segundo Magen David Adom, o equivalente à Cruz Vermelha em Israel.

"O que aconteceu aqui é de partir o coração. Pessoas foram esmagadas até a morte, incluindo crianças", declarou Netanyahu no local e prometeu uma "investigação completa" sobre a tragédia, cujas causas ainda não foram claramente estabelecidas.

Primeiros funerais

Milhares de homens de chapéus pretos desfilaram nos bairros ultraortodoxos de Jerusalém e Bnei Brak, nos arredores de Tel Aviv, na sexta-feira, pouco antes do intervalo sabático semanal, quando os primeiros funerais foram realizados.

As vítimas incluíam "vários cidadãos americanos", de acordo com um porta-voz do Departamento de Estado.

"Os Estados Unidos apoiam o povo de Israel e as comunidades judaicas em todo o mundo e lamentam a terrível tragédia do Monte Merón", disse o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em um comunicado.

Em uma carta enviada ao presidente israelense Reuven Rivlin, o presidente palestino, Mahmoud Abas, expressou sua tristeza "pela tragédia" e afirmou que estava orando "pelas vítimas".

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