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Itália ameaça cortar contribuição à ONU após críticas por xenofobia

Mateo Salvini, ministro do Interior, diz que Nações Unidas devem 'procurar racismo em outro lugar' e diz que irá avaliar repasses à organização

Internacional|Cristina Charão, do R7, com Ansa Brasil

Salvini à ONU: 'Vão procurar racismo em outro lugar'
Salvini à ONU: 'Vão procurar racismo em outro lugar'

Após ter sido criticado pela ONU, o ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, afirmou que estudará uma redução da contribuição do país para a organização, hoje em pouco mais de 100 milhões de euros por ano (R$ 473 milhões).

Nesta segunda-feira (10), a alta comissária das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile, anunciou que enviará uma equipe para avaliar o "forte crescimento" de "atos de violência e de racismo" contra migrantes, negros e ciganos na Itália.

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Segundo Salvini, as Nações Unidas deveriam enviar missões para "meio mundo", não para a Itália.

"Que procurem o racismo em outro lugar", disse Salvini. "Avaliaremos com os aliados sobre a utilidade de continuar dando esses 100 milhões de euros para financiar desperdícios e um organismo que quer dar lições aos italianos", declarou.


Matteo Salvini, líder do partido nacionalista Liga Norte, é responsável pelo endurecimento das políticas migratórias do governo.

Recentemente, ele mesmo foi denunciado por "instigação ao ódio racial" em postagens nas redes sociais, como uma na qual dissera que havia acabado a "mamata dos clandestinos".

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