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Itália bloqueia área em torno de navio de ONG com 47 imigrantes 

Embarcação está a menos de duas milhas de Siracusa, mas ministro do Interior, Matteo Salvini, não autoriza desembarque de passageiros

Internacional|Do R7

Navio com migrantes é impedido de desembarcar na Itália
Navio com migrantes é impedido de desembarcar na Itália

As autoridades da Itália bloquearam o perímetro em torno do navio da ONG Sea Watch, que está com 47 imigrantes a bordo há dez dias em águas territoriais italianas, para impedir que qualquer embarcação se aproxime dele.

Trata-se de uma decisão adotada pela autoridade portuária de Siracusa, na Sicília, e afeta uma distância de meia milha do navio Sea Watch 3.

A embarcação está parada a menos de duas milhas do litoral de Siracusa desde a sexta-feira (25) e à espera de permissão para atracar em um porto, enquanto o ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, não dá o braço a torcer e não autoriza o desembarque.

A decisão da autoridade portuária proíbe qualquer unidade, que não esteja expressamente autorizada, de navegar e ancorar nessa área, e foi tomada depois que três parlamentares italianos desafiaram Salvini no domingo e subiram a bordo da embarcação, apesar de uma proibição expressa, para verificar as condições de saúde dos imigrantes.


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O ministro do Interior já tinha dito ontem que contava com "elementos concretos para afirmar que, colocando a vida das pessoas a bordo em risco, o comandante e a tripulação da ONG Sea Watch desobedeceram às indicações" para chegar a um porto próximo, "que não era na Itália".

Essas evidências, no entanto, ele não mostrou e afirmou que colocaria à disposição da Justiça. Por sua vez, o promotor de Siracusa, Fabio Scavone, disse hoje aos veículos de imprensa que o comandante do navio não cometeu nenhum crime ao se aproximar da Itália porque decidiu navegar para o porto próximo mais seguro.


Os 47 imigrantes a bordo da Sea Watch estão há dez dias esperando permissão para desembarcarem. Em um primeiro momento, eles passaram uma semana em águas internacionais no Mediterrâneo e, agora, estão em águas italianas desde a sexta-feira.

Salvini atrasou em agosto o desembarque de uma centena de imigrantes em Catânia (Sicília) e lhes deixou cinco dias a bordo de um navio militar italiano até permitir seu desembarque.


Por esse episódio, a Justiça italiana abriu uma investigação contra Salvini e, na semana passada, pediu que o vice-primeiro-ministro seja processado por "sequestro agravado de pessoas".

Caberá ao Senado votar contra ou a favor do indiciamento do líder do partido Liga, de extrema-direita, e, neste sentido, Salvini conta com um trunfo a seu favor, pois sua legenda, junto com o outro aliado de governo, o Movimento Cinco Estrelas (M5S), têm maioria no Parlamento.

O governo italiano pediu à Holanda que assuma responsabilidade pelas 47 pessoas a bordo do navio da ONG alemã, já que leva a bandeira holandesa.

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