Itália estuda toque de recolher devido ao aumento de casos
Governo não está muito inclinado a decretar medida, que ficará ativa nos finais de semana e está em vigor nas regiões da Campânia e Lombardia
Internacional|Da EFE
O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, estuda a possibilidade de aplicar um toque de recolher das 23h às 5h em todo o país durante o final da semana, medida que as regiões da Campânia e Lombardia já tomaram para conter os casos de covid-19 que dispararam nas últimas semanas.
Alguns meios de comunicação do país explicam que o premiê estudará os dados de contágio pelas próximas 72 horas para tomar uma decisão.
Conte não estaria muito inclinado a decretar um toque de recolher, mas analisa a possibilidade de unificar as medidas restritivas que foram tomadas na Lombardia e na Campânia para todo o território nacional e também fecharia ginásios e piscinas, e grandes centros comerciais nos fins de semana.
Embora o problema seja que os parceiros do governo, o Partido Democrata (PD) e o Movimento 5 Estrelas (M5S) discordam sobre o toque de recolher com os progressistas que preferem uma linha mais dura e um fechamento das 22h.
Piemonte, cuja capital é Turim, também decidiu limitar as aulas presenciais a 50% para alunos do ensino médio, para tentar descongestionar o transporte público, e ordenou o fechamento dos shoppings nos finais de semana.
Alguns municípios já implementaram o pedido do Governo de fechar áreas da vida noturna para evitar multidões, especialmente de jovens, e o prefeito de Gênova, Marco Bucci, restringiu a circulação em quatro regiões da cidade das 21h às 6h.
A Itália registrou 10.874 novas infecções em 24 horas e 89 mortes ontem e há preocupação com o aumento de pacientes internados, que já são 8.454 em todo o país e 870 internados em unidades de terapia intensiva.
O ministro da Saúde, Roberto Speranza, alertou para o momento difícil em que se encontra o país e pediu a todos os cidadãos que limitem as saídas desnecessárias.