Itália impõe confinamento quase total para festas de fim de ano
No total serão dez dias de "zona vermelha", ou seja, fechamento quase total, e quatro de "zona laranja", um pouco menos rígidos
Internacional|Do R7, com EFE
O governo italiano aprovou um confinamento quase total em todo o país durante a maior parte da temporada de Natal, anunciou o primeiro-ministro Giuseppe Conte na noite de sexta-feira (18).
"A situação continua difícil em toda a Europa e o vírus continua a circular. Devemos intervir e garanto que não é uma decisão fácil. Por isso adotamos um novo decreto equilibrado", disse ele em coletiva de impresa sobre novas restrições contra o novo coronavírus.
De acordo com o novo regulamento, é decretado um confinamento quase total nas datas mais importantes, feriados e vésperas, entre 24 de dezembro e 6 de janeiro, com alguma flexibilização nos demais dias úteis.
Zona vermelha
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No total serão dez dias de "zona vermelha", ou seja, fechamento quase total, e quatro de "zona laranja", um pouco menos rígidos.
Assim, nos dias 24, 25, 26, 27 e 31 de dezembro e nos dias 1, 2, 3, 5 e 6 de janeiro haverá um confinamento semelhante ao da primavera passada: a circulação entre regiões está proibida e os cidadãos só podem sair de casa se comprovarem necessidade de trabalho ou saúde.
As atividades comerciais de varejo também estão fechadas, exceto alimentação, farmácias e tabacarias, além de bares, restaurantes, sorveterias, confeitarias e pubs, que só podem funcionar para delivery ou retirada para viagem até as 22h.
Será permitida a atividade física individual nas proximidades da residência, respeitando a distância de pelo menos um metro e com a obrigatoriedade do uso de equipamentos de proteção.
Nos dias "laranja" (apenas 28, 29 e 30 de dezembro e 4 de janeiro), a diferença é que as lojas estarão abertas e será possível circular dentro do próprio município, sendo que os bares e restaurantes permanecerão fechados embora possam funcionar em esquema de delivery.
Natal
No entanto, para todo o período de Natal, haverá uma exceção: serão permitidas visitas familiares, mas de no máximo duas pessoas, além de menores de quatorze anos, que não são contados.
“É uma medida que visa permitir um mínimo de sociabilidade típico deste período”, justificou o primeiro-ministro. Da mesma forma, o toque de recolher mantém-se fixado às 22h em todo o território nacional.
O governo impôs essas restrições para evitar uma terceira onda em janeiro, mas também para tentar dobrar uma curva epidemiológica que cai menos do que o esperado quando o último decreto com limitações foi aprovado em 3 de dezembro.
De fato, nas últimas vinte e quatro horas, quase 18 mil pessoas foram infectadas e um total de 674 perderam a vida, o que eleva o número de mortos para 67.894, segundo o Ministério da Saúde.
Por outro lado, o primeiro-ministro disse que "o fim deste pesadelo" está próximo e começará em 27 de dezembro com o fornecimento das primeiras vacinas, embora tenha garantido que não serão obrigatórias.