A Itália registrou 550 vítimas fatais do vírus SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas
Ciro De Luca/Reuters - 12.11.2020A Itália registrou 40.902 novos casos de coronavírus e mais 550 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, ao mesmo tempo em que o governo incluiu mais duas regiões, Campania e Toscana, nas chamadas "zonas vermelhas", as mais ameaçadas e onde existe um confinamento quase total.
Segundo os dados de hoje do Ministério da Saúde, o total de infecções desde o início da emergência sanitária, em fevereiro, agora é de 1.107.303, e o número de vítimas fatais do vírus SARS-CoV-2 subiu para 44.139.
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De acordo com o diretor de prevenção da pasta, Gianni Rezza, a taxa de transmissão Rt caiu de 1,7 para 1,4, o que significa que cada infectado transmite o vírus para uma média de menos de 1,5 pessoa. Esses seriam os primeiros sinais de que as medidas parciais tomadas até agora estão produzindo resultados.
Entretanto, ele advertiu que o vírus está circulando em todo o território nacional e a incidência atual é de 650 casos por 100 mil habitantes.
Também segundo os dados desta sexta, há quase 31 mil pessoas internadas em hospitais, que estão à beira do colapso. Só nas últimas 24 horas, houve mais de 1 mil entradas. Em unidades de terapia intensiva, há 3.230 pacientes com covid.
A Lombardia encabeça mais uma vez a lista de novas infecções, com 10.63, somando quase 20 mil ao total de mortes desde que a epidemia começou. Na sequência, aparecem Piemonte (5.258 novos casos), Campania (4.079) e Veneto (3.605).
Por decisão do Ministério da Saúde e tendo em vista a evolução dos casos, Campania e Toscana tornaram-se "zonas vermelhas", onde prevalecem as restrições mais severas, que entrarão em vigor no próximo domingo. As duas se juntam a Vale de Aosta, Lombardia, Piemonte, Calabria e Bolzano.
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A pastas também decretou que Emilia-Romagna, Friuli e Marche se tornarão "zonas alaranjadas", com risco médio, além de Abruzzo, Basilicata, Liguria, Apúlia, Sicília e Úmbria. O restante do país continua com medidas como o fechamento de bares e restaurantes às 18h e museus, cinemas, teatros, salas de shows e academias totalmente fechados.
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, continua descartando um confinamento nacional, esperando que as medidas parciais funcionem. Hoje, porém, ele jogou um balde de água fria sobre as expectativas para o Natal ao dizer que o ano de 2020 não é propício a grandes celebrações ou reuniões em grandes grupos.