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Japão envia um homem para representar o país em cúpula do G7 sobre igualdade de gênero

Líderes do bloco se reuniram para discutir assuntos como violência sexual e diferenças salariais entre homens e mulheres

Internacional|Do R7

Masanobu Ogura foi o único representante homem na cúpula do G7 sobre igualdade de gênero
Masanobu Ogura foi o único representante homem na cúpula do G7 sobre igualdade de gênero

O Japão enviou um homem para representar o país em uma cúpula de dois dias do Grupo dos (G7) sobre igualdade de gênero e empoderamento feminino, que aconteceu no último fim de semana na cidade de Nikko, a pouco mais de 100 quilômetros de Tóquio. Na ocasião, os representantes discutiram diversos assuntos, como violência sexual e diferenças salariais entre homens e mulheres.

Como é possível ver nas fotos, Masanobu Ogura, membro da Câmara dos Representantes do Japão, foi o único homem presente no evento. Questionado sobre como ele se sentia a respeito, Ogura respondeu que ainda são necessários líderes masculinos com forte entusiasmo pela igualdade de gênero, segundo o jornal local Shimotsuke Shimbun. Ainda assim, o ocorrido reforçou as críticas crescentes feitas ao Japão em relação às deficiências do país quanto a direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA+.

A cúpula em Nikko ocorreu apenas alguns dias depois que o Fórum Econômico Mundial (FEM) divulgou seu último Índice Global de Diferença de Gênero anual, que avalia o nível de igualdade de gênero em quatro aspectos: participação e oportunidade econômicas, desempenho educacional, saúde e sobrevivência e empoderamento político.

O Japão ficou em 125º lugar entre os 146 países do índice, ocupando a posição mais baixa entre os estados do G7, que inclui Alemanha (6º), Reino Unido (15º), França (40º), Estados Unidos (43º) e Itália (79º). Segundo o índice, o Japão é um dos sete países que regrediram nessa métrica desde 2017.


Embora o Partido Liberal Democrático tenha apresentado várias candidatas nas últimas eleições e algumas tenham sido eleitas legisladoras, os homens ainda representam cerca de 90% de cargos parlamentares e ministeriais e, como nos Estados Unidos, nunca houve uma mulher chefe de Estado.

Uma disparidade igualmente sombria existe nas salas de reuniões do Japão, onde apenas 11,4% dos executivos em empresas de capital aberto são mulheres. O primeiro-ministro Fumio Kishida prometeu em abril aumentar esse percentual para 30% até 2030.

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