Japão oferece mais de R$ 40 mil para famílias se mudarem de Tóquio
Objetivo das autoridades é povoar áreas mais afastadas da capital, que sofrem nos últimos anos com o envelhecimento da população
Internacional|Do R7
O governo do Japão está oferecendo 1 milhão de yens (mais de R$ 40 mil) por criança para que famílias deixem a região metropolitana de Tóquio e povoem outras áreas do país mais afastadas do centro.
De acordo com a mídia japonesa, o novo projeto do governo será divulgado ao povo do país em abril, em uma tentativa de rejuvenescer a população de áreas mais afastadas da capital. Tentativas como esta já ocorreram, porém com valores oferecidos mais baixos.
Além do fator idade, em um Japão que tem uma das maiores expectativas de vida do mundo, o número de nascimentos no país diminuiu ao longo dos anos. Aliado a estas questões, os jovens têm buscado cidades mais populares, como a própria Tóquio, e Osaka para morar no início da vida adulta.
Enquanto grande parte das famílias precisará se mudar para longe da área metropolitana da capital para receber o benefício, algumas regiões montanhosas na fronteira com a grande Tóquio estarão aptas para receber moradores realocados neste projeto do governo.
Segundo o portal britânico The Guardian, cerca de 1.300 cidades – 80% dos municípios do país – participarão do plano de revitalização nacional, desinchando Tóquio, a metrópole mais populosa do mundo com mais de 35 milhões de habitantes.
Para garantir o dinheiro, os moradores da casa precisam permanecer no novo endereço por, pelo menos, cinco anos, além de cada residência ser obrigada a ter uma pessoa trabalhando na região ou planejando a abertura de um novo negócio.
Leia também
Aqueles que conseguirem manter os empregos atuais e transformá-los em regime remoto também são elegíveis para o projeto. A expectativa é que o valor das indenizações seja dividido meio a meio entre o governo federal e o município que receber o novo morador.
As autoridades japonesas esperam que ao menos 10 mil pessoas se mudem de Tóquio para áreas rurais até 2027.