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Johnson descarta renúncia e evita perguntas sobre festas proibidas

Primeiro-ministro afirmou que divulgará na íntegra o relatório feito pelo governo que investiga os encontros durante a pandemia

Internacional|

Boris Johnson foi instigado a comentar polêmica durante sessão do Parlamento britânico
Boris Johnson foi instigado a comentar polêmica durante sessão do Parlamento britânico Boris Johnson foi instigado a comentar polêmica durante sessão do Parlamento britânico

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, refutou nesta quarta-feira (26) os pedidos da oposição para que renuncie e se recusou a responder a perguntas sobre o escândalo das festas realizadas em Downing Street durante a pandemia, alegando que já há uma investigação policial em andamento.

Em uma tensa sessão de fiscalização do governo na Câmara dos Comuns, o líder trabalhista Keir Starmer perguntou ao premiê se pensava em deixar o posto, uma vez que, ao contrário do que o chefe do governo defende há meses, está provado que houve festas na residência e escritórios oficiais, em possível violação das restrições sanitárias.

"Não", respondeu Johnson, que acusou o rival de tentar forçá-lo a comentar um assunto sobre o qual disse "não poder falar ainda".

Starmer o repreendeu por colocar o Reino Unido em uma situação "vergonhosa", depois que a Polícia Metropolitana de Londres (Scotland Yard) confirmou na última terça-feira (25) que investigará as reuniões em Downing Street que possam ter violado os regulamentos.

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Ao mesmo tempo, também se espera que nas próximas horas a funcionária Sue Gray publique o relatório sobre o que aconteceu na sede do governo durante os períodos de confinamento. Johnson disse nesta quarta-feira na Câmara dos Comuns que divulgará o documento na íntegra, em meio a temores dos deputados de que divulgará apenas uma versão resumida.

Estimulado pelos colegas conservadores, que temem um avanço eleitoral da oposição, o primeiro-ministro acusou Starmer, ex-procurador estadual, de ser "oportunista" e "mais advogado do que líder".

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Johnson respondeu afirmativamente, no entanto, quando o trabalhista lhe perguntou se deixaria o cargo no caso de, em violação ao código de conduta parlamentar, ficar provado que ele "enganou conscientemente" o Parlamento, ao assegurar há alguns meses que não houve eventos sociais em Downing Street nem violação dos regulamentos sanitários.

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Argumentando que os cidadãos querem que ele se concentre nas grandes questões, como a crise energética e o aumento da inflação, o primeiro-ministro conseguiu evitar perguntas sobre seu futuro e as comemorações dos funcionários durante a pandemia.

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Johnson afirmou que o partido Trabalhista e outros o querem "fora do caminho", porque alcançou grandes conquistas para o Reino Unido, como a execução do Brexit e o programa de vacinação, além de se vangloriar por "unir o Ocidente para preparar um pacote duro de sanções" que impede a Rússia de invadir a Ucrânia.

Dependendo das conclusões do relatório de Gray — e acima de tudo da investigação policial —, os parlamentares conservadores podem decidir organizar uma votação de confiança interna contra Johnson, que seria forçado a renunciar ao cargo de líder do partido e primeiro-ministro se a perdesse e seria substituído por um candidato escolhido em eleição interna.

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