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Jornalista pode ser presa na China por noticiar sobre pandemia

Chinesa é acusada de 'provocar distúrbios e criar problemas' e pode ser sentenciada a até 5 anos de prisão. Profissional foi detida há seis meses

Internacional|Da EFE

Jornalista pode ser presa na China por noticiar covid
Jornalista pode ser presa na China por noticiar covid

A jornalista Zhang Zhan pode pegar cinco anos de prisão, por informar sobre a crise provocada pelo novo coronavírus na cidade de Wuhan, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (17) pela ONG Chinese Human Rights Defenders (CHRD).

A organização indicou, através do Twitter, que um tribunal de Xangai julgará a profissional de imprensa por causa de informações veiculadas nas redes sociais, sobre a propagação do patógeno no início deste ano.

De acordo com a ONG, devido as acusações de "provocar distúrbios e criar problemas", podem levar Zhang a ser condenada a uma pena que varia de quatro a cinco anos de prisão.

A jornalista, de 37 anos, foi detida há seis meses, enquadrada em um delito que é comumente atribuído contra críticos e ativistas políticos na China.


As publicações

O CHRD indicou em setembro que Zhang havia sido detida por publicar nas redes sociais que os cidadãos de Wuhan receberam comida estragada durante o confinamento de 11 semanas que vigorou na cidade ou que foram obrigados a pagar por testes para o novo coronavírus.

A jornalista também divulgou informações sobre detenções de outros profissionais de imprensa ou ameaças recebidas por familiares de vítimas da covid-19, que cobraram as autoridades pela gestão da pandemia da doença.


Em Wuhan, as autoridades locais foram lentas em fornecer algumas das informações disponíveis sobre a propagação do patógeno, porque, segundo o então prefeito, Zhou Xianwang, era preciso a aprovação de altos funcionários do governo chinês.

Durante os meses mais difíceis da pandemia, também foram feitos esforços para conter o fluxo de informações através da mídia tradicional e das redes sociais, de acordo com Wu Qiang, um analista político citado pelo jornal South China Morning Post, sediado em Hong Kong.

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