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Jornalista russa que protestou contra ofensiva na Ucrânia é detida

Marina Ovsyannikova ganhou fama ao aparecer em telejornal de canal pró-Kremlin com cartaz que denunciava os ataques da Rússia

Internacional|Do R7

A jornalista Marina Ovsyannikova foi detida por ter 'desacreditado' o Exército russo
A jornalista Marina Ovsyannikova foi detida por ter 'desacreditado' o Exército russo

A jornalista russa Marina Ovsyannikova, que se tornou famosa por ter interrompido um telejornal de um canal estatal de seu país com um cartaz que protestava contra a ofensiva russa sobre a Ucrânia, foi detida nesta quarta-feira (10) por ter "desacreditado" o Exército, informou o advogado dela.

"Estamos neste momento com os investigadores. Um inquérito foi aberto contra Ovsyannikova por divulgação de informações falsas sobre o Exército russo", declarou à AFP o advogado Dmitri Zakhvatov.

Os investigadores devem decidir agora se a jornalista, que tem dois filhos, será colocada em prisão provisória ou em liberdade à espera de julgamento.

Desde o fim de julho, ela foi condenada a pagar duas multas por ter "desacreditado" o Exército russo, em particular em mensagens que criticavam a ofensiva sobre a Ucrânia publicadas nas redes sociais.


Duas condenações com menos de seis meses de intervalo abrem caminho para um caso penal, com possíveis consequências jurídicas muito mais graves.

Marina ganhou fama em março ao aparecer em um telejornal do canal pró-Kremlin em que trabalhava com um cartaz que denunciava a ofensiva contra a Ucrânia e a "propaganda" da imprensa controlada pelo governo.


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As imagens do gesto deram a volta ao mundo. Muitas pessoas elogiaram sua coragem, em um cenário de repressão da Rússia a vozes críticas.

Embora muitos tenham admirado a atitude, entre a oposição russa algumas pessoas a criticaram por ter trabalhado para a emissora pró-governo Pervy Kanal.


Depois de trabalhar alguns meses no exterior, em particular para o jornal alemão Die Welt, ela retornou em julho à Rússia para resolver uma disputa legal sobre a custódia dos dois filhos.

Desde o início da operação na Ucrânia, em fevereiro, a Rússia endureceu consideravelmente as leis sobre as pessoas que criticam o governo.

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