Jovem conseguiu escapar de terroristas do Hamas por quatro dias, mas acabou recapturado
O russo-israelense Roni Kriboy, de 25 anos, foi uma surpresa entre os libertados do cativeiro no domingo
Internacional|Do R7, com Reuters
Um refém israelense que foi libertado como parte de uma trégua temporária na Faixa de Gaza já havia escapado brevemente de seus captores, os terroristas do Hamas, depois que o prédio onde ele estava preso desabou durante um bombardeio, disseram parentes.
Roni Krivoi, de 25 anos, foi uma surpresa na lista de reféns libertados no domingo, juntamente com 13 mulheres e crianças, que havia sido pré-acordada em negociações mediadas entre Israel e o Hamas.
Citando a dupla cidadania (russa e israelense) de Krivoi, o Hamas disse que ele foi solto para demonstrar apreço por Moscou, a única potência mundial que se envolveu abertamente com o grupo terrorista durante a guerra, que dura sete semanas.
Assim como outros reféns recuperados, Krivoi foi mantido longe da mídia, no que as autoridades israelenses descrevem como um esforço para se concentrar em ajudar na sua recuperação física e emocional.
A família disse que Krivoi desapareceu enquanto trabalhava como ajudante de palco em uma festa de música eletrônica ao ar livre onde infiltrados armados do Hamas assassinaram 364 participantes em 7 de outubro, de um total de 1.200 mortos.
Uma semana depois, as autoridades israelenses concluíram que ele estava entre as cerca de 240 pessoas levadas como reféns.
A tia de Krivoi Yelena Magid disse em uma entrevista à rádio Kan de Israel que conversou com o sobrinho após seu retorno.
"Ele contou que foi capturado por terroristas, que o mantiveram em um prédio que foi bombardeado", afirmou ela, em uma aparente referência ao bombardeio israelense, acrescentando que ele sofreu ferimentos na cabeça naquele momento.
"Ele conseguiu escapar e se esconder, sozinho, por quatro dias. Ele tentou chegar à fronteira. No fim, os habitantes de Gaza o pegaram e o devolveram às mãos dos terroristas."
Alex Magid, primo de Krivoi, fez um relato semelhante em uma entrevista à rádio do Exército de Israel nesta segunda-feira e acrescentou que o bombardeio do prédio matou vários homens armados palestinos.
Seis reféns que ainda estão em Gaza têm cidadania russa, de acordo com o governo israelense.