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Juiz dos EUA ordena publicação de documento que justificou buscas na casa de Donald Trump

Registro, em versão censurada, deve detalhar as motivações do Departamento de Justiça na ação

Internacional|Da AFP

FBI realizou buscas na residência de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, dia 8 de agosto
FBI realizou buscas na residência de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, dia 8 de agosto

Um juiz dos Estados Unidos ordenou nesta quinta-feira (25) a publicação, em versão censurada, de um documento judicial que exponha os motivos por trás da recente busca e apreensão da polícia federal americana (FBI) na residência na Flórida do ex-presidente Donald Trump.

O documento, que deve detalhar as motivações do Departamento de Justiça e pode revelar a identidade de algumas pessoas envolvidas no caso, deve ser publicado até sexta-feira (26), decretou o juiz federal Bruce Reinhart.

No entanto, a maioria dos elementos da operação provavelmente será mantida em segredo, devido a um pedido do Departamento de Justiça, segundo o qual há uma necessidade "convincente" de ocultar partes importantes do documento.

O juiz ordenou na segunda-feira (22) a publicação de pelo menos uma parte do documento, ao citar o interesse público que existe entorno de um mandado de busca e apreensão contra um ex-presidente dos Estados Unidos, algo sem precedentes.


Segundo as autoridades, no entanto, será necessário um retoque "tão importante que o restante do texto divulgado ficaria desprovido de qualquer conteúdo significativo".

Em 8 de agosto, o FBI realizou buscas na residência de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, e apreendeu caixas de documentos confidenciais que o republicano não devolveu aos poderes públicos após deixar a Casa Branca.


Trump, que flerta com a ideia de se candidatar nas eleições presidenciais de 2024, classificou a ação policial como uma "caça às bruxas".

Nesta quinta-feira, o magnata usou sua rede social, a Truth Social, para acusar "os fiscais democratas da esquerda radical" de "fazer uma busca ilegal" em sua residência. "Eles até arrombaram meu cofre, um ato indescritível", criticou.

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