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Keiko Fujimori será investigada em caso de tentativa de suborno

Candidata seria favorecida em um possível esquema para comprar juízes eleitorais para ganhar a presidência do Peru

Internacional|Do R7

Keiko Fujimori nega as acusações de tentativa de suborno
Keiko Fujimori nega as acusações de tentativa de suborno

Um procurador dedicado a casos de corrupção no Peru iniciou nesta segunda-feira (5) uma investigação sobre Keiko Fujimori por supostas ligações com o ex-assessor de Inteligência do país Vladimiro Montesinos, hoje preso, que, segundo áudios, teria tentado subornar membros do tribunal eleitoral do país para favorecer a candidata de direita nas eleições.

Leia também: Ligações mostram tentativa de suborno a juízes eleitorais no Peru

Fujimori, que falou sobre a investigação no Twitter, disse que não tem relação com o caso das conversas telefônicas de Montesinos, um novo tema controverso e que se soma ao intrincado processo eleitoral peruano, que ainda não tem os resultados oficiais sobre quem será o próximo governante quase um mês depois de sua realização.

Para declarar o vencedor das eleições, que segundo a contagem de votos é o socialista Pedro Castillo, o tribunal eleitoral deve resolver antes todos os pedidos de impugnação, a maioria deles apresentados sem grandes provas por Fujimori.


Segundo áudios divulgados recentemente pela imprensa local, Montesinos, que foi um braço direito do ex-presidente Alberto Fujimori, pai de Keiko, propôs de dentro da prisão subornar três membros do tribunal eleitoral para reverter as eleições. 

"O procurador que já pediu minha prisão quatro vezes volta ao ataque abrindo investigação pelos áudios armados por Montesinos e seus amigos me acusando de lavagem de dinheiro", disse Keiko Fujimori em um tuíte. "Me envolvendo por conversas com gente que não tem nenhuma relação comigo".

O procurador é José Pérez, que apresentou acusações contra Fujimori por um caso no qual ela é acusada de receber 1,2 milhão de dólares (cerca de R$ 6 milhões) da construtora brasileira Odebrecht para suas campanhas políticas entre 2011 e 2016.

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