Kim Jong-un afirma que recebeu mensagem da China para acelerar e desenvolver ‘causa socialista’

Coreia do Norte disse, via imprensa estatal, que Xi Jinping retribuiu cortesia depois de ser cumprimentado por ditador pela reeleição

08/04/2023 - 12h48 (Atualizado em 15/02/2024 - 17h57)

A Coreia do Norte afirmou que recebeu, na última sexta-feira (7), uma mensagem verbal do secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China, Xi Jinping, em que o presidente chinês destaca a importância das relações diplomáticas. Mais que isso, Pequim teria manifestado “o desejo de acelerar o desenvolvimento da causa socialista entre os dois países”.

De acordo com a imprensa estatal da Coreia do Norte, representada pela rede KCNA, Xi Jinping agradeceu a Kim Jong-un por ter enviado a ele as congratulações pela reeleição do líder chinês como presidente do gigante asiático. E, segundo a KCNA, enviou cumprimentos efusivos e os melhores pensamentos ao ditador da Coreia do Norte.

Além disso, o presidente chinês também pediu à Coreia do Norte que “promova a paz na região, estabilidade, desenvolvimento e prosperidade por meio do estreitamento de assuntos estratégicos” com a China.

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A mensagem foi enviada, após autorização de Pequim, por Wang Yajun, o novo embaixador da China na Coreia do Norte, a Kim Song Nam, que é diretor do departamento internacional do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte.

A Coreia do Norte se meteu com o conflito entre Rússia e Ucrânia nesta sexta-feira (7). Desta vez, a ditadura comandada por Kim Jong-una fez críticas duras à entrada da Finlândia na Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte), grupo de aliados com 31 países agora. O regime norte-coreano apontou um "desastre" com o ingresso da Finlândia no grupo

Os norte-coreanos vivem no país que é considerado o mais fechado do mundo. Sanções internacionais aplicadas à ditadura comunista de Kim Jong-un impossibilitam a entrada de vários produtos na Coreia do Norte, como artigos de luxo. Mas isso não parece impedir o líder do país, que tem diversas regalias, enquanto a população passa fome e não tem acesso ao básico

Por isso, a "Rússia furiosa" reagiu e disse que a Finlândia ficou exposta a uma ameaça olho por olho da Rússia

Kim Jong-un aproveitou para alfinetar, por meio da imprensa, o seu principal rival: "Os EUA permanecem inalterados em seu objetivo obstinado de estrangular seu rival estratégico permanentemente e estabelecer um mundo unipolar sob seu controle, mantendo a desgastada aliança militar e política"

A Coreia do Norte fez seguidos testes de mísseis balísticos nos últimos meses, a fim de mostrar seu poderio aos Estados Unidos e à Coreia do Sul — ambos fazem exercícios militares conjuntos perto do território da ditadura

Esses exercícios, teoricamente, também visam uma proteção da Coreia do Norte frente a Otan. Segundo a KCNA, "a Otan continua seu intenso avanço em direção à região da Ásia-Pacífico este ano, como fez no ano passado. Sabemos bem quem está por trás desse movimento"

Para Kim Jong-un, outra "crise ucraniana" pode estourar na região da Ásia-Pacífico por conta dos "fantoches sul-coreanos" e sua aliança com os EUA

A entrada da Finlândia aumentou o poder de fogo da Otan, já que o país nórdico tem mais de mil tanques, 139 aviões de guerra e 280 mil homens

A Coreia do Norte enfatizou o que o reforço da Otan com a Finlândia descumpre uma promessa de "não prosseguir com sua expansão voltada para a Rússia nem um centímetro após a dissolução da antiga União Soviética"

Mas esse "bloco militar agressivo" quebrou essa promessa e se expandiu ainda mais ao aceitar 14 nações do Leste Europeu e do Báltico como seus estados membros. Na foto, um caça finlandês em operação

A Coreia do Norte ainda frisou que "o Mar Báltico que liga a Rússia ao Atlântico se transformou em um 'mar da Otan'"

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