Kremlin descarta possível reunião entre Putin e terroristas do Hamas em Moscou
Uma delegação do grupo extremista está na capital da Rússia, onde se encontrou com o líder do país para a África e Oriente Médio
Internacional|Do R7
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não pretende se reunir com representantes da ala política do grupo terrorista Hamas, informou o Kremlin nesta quinta-feira (26).
"Não, os contatos são tratados pelo Ministério das Relações Exteriores", declarou o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, às agências locais.
Uma delegação do Hamas, liderada pelo vice-chefe do seu gabinete político, Musa Abu Marzuq, conversou nesta quinta-feira com o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Mikhail Bogdanov, enviado especial do Kremlin ao Oriente Médio e África.
No fim das conversas, o Hamas elogiou a posição do presidente russo sobre o conflito, que, embora expressando condolências a Israel, condenou a morte de civis nos ataques israelenses no território palestino.
"A delegação apreciou muito a posição do presidente russo, Vladimir Putin, e também os esforços ativos da diplomacia russa", menciona um comunicado do Hamas, citado pela agência de notícias estatal russa RIA Novosti.
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A Rússia exigiu que o grupo liberte "imediatamente" os estrangeiros sequestrados na Faixa de Gaza e também discutiu com o Hamas "a evacuação dos russos e de outros cidadãos estrangeiros do território do enclave palestino", afirmou o Ministério das Relações Exteriores russo.
Moscou também confirmou a sua "posição inalterada" a favor da aplicação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e da Assembleia-Geral do órgão sobre a criação de "um Estado palestino soberano nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital e vivendo lado a lado em paz e segurança com Israel".
O Hamas afirmou que, durante as conversas com Bogdanov, foram discutidas formas de acabar com os "crimes de Israel apoiados pelo Ocidente".
A Rússia, que não reconhece o Hamas como uma organização terrorista, instou o grupo desde o início a libertar imediatamente todos os reféns que tem em seu poder e pediu também uma pausa humanitária a ambas as partes.
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