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Laboratório de coca funcionava em fazenda de embaixador colombiano

Polícia da Colômbia descobriu instalações de refino da droga em propriedade do Fernando Sanclemente, que alegou que partes dela estão arrendadas

Internacional|Do R7

Produtos químicos utilizados na produção da droga foram queimados
Produtos químicos utilizados na produção da droga foram queimados

Autoridades da Colômbia e dos Estados Unidos, em uma investigação conjunta, encontraram um laboratório de refino de cocaína em uma fazenda de propriedade do embaixador colombiano no Uruguai. A propriedade rural pertence à família de Fernando Sanclemente Alzate há 44 anos, mas, segundo ele, tinha parte das terras arrendadas a terceiros.

Leia mais:Colômbia almeja erradicar 130 mil hectares de coca em 2020

A fazenda está localizada na zona rural do município de Guasca, a uma hora da capital, Bogotá. De acordo com o jornal El Tiempo, o local tinha capacidade para produzir meia tonelada da droga por mês, que era enviada para Europa e Estados Unidos através do aeroporto internacional El Dorado.

Segundo as autoridades, a investigação começou com o acompanhamento das substâncias químicas utilizadas para a produção da droga. O objetivo era encontrar o laboratório onde ela era produzida, e assim os responsáveis.


O grupo era conhecido como 'narcos invisíveis' porque não pertecem a nenhum grande grupo ou cartel. Além disso, de acordo com autoridades, eles eram muito discretos, diferente do perfil excêntrico de narcotraficantes com festas regadas a álcool e drogas.

Este 'novo tipo' de produção procura espaços para alugar, passam pouco tempo nos locais, mudando com frenquência a fabricação da droga para evitar serem encontrados pela autoridades.


Incêndio Florestal

Na última quarta-feira (12), uma operação da Polícia colombiana de combate a cultivos ilícitos acabou em um incêndio florestal após a explosão de produtos químicos utilizados para a produção de cocaína. O corpo de bombeiros precisou ser chamado para controlar as chamas.

Na ocasião, cinco pessoas foram detidas, três eram responsáveis pela segurança do local e duas pela produção, com materiais utilizados para a fabricação da droga em armazéns dentro de uma propriedade rural. Todos responderão por fabricação e tráfico de drogas.


Mas o que surpreendeu as autoridades é que a propriedade onde o laboratório foi encontrado pertence à família do embaixador Fernando Sanclemente há pelo menos 44 anos. A fazenda era utilizada para a criação de cavalos de corrida e gado Angus, e ainda produção de leite, segundo um comunicado oficial da embaixada.

O embaixador reconheceu que a propriedade pertecence à sua família em conjunto com a família Spiwack, propietária das Organizações DANN, com hotéis e financeiras. Sanclemente afirmou também que deixou de ser administrador da propriedade em 2019 ao assumir o cargo de embaixador.

Assista à íntegra da reportagem do Jornal da Record sobre cultivos ilegais de coca na Colômbia

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