Líder espanhol diz que 'acordo não foi possível' para formar governo
Pedro Sánchez discursou para o plenário da câmara baixa do Parlamento pouco antes da votação que acontece nesta quinta-feira (25)
Internacional|Da EFE
O líder socialista da Espanha, Pedro Sánchez, admitiu nesta quinta-feira (25) o fracasso de sua posse como presidente do governo ao anunciar no Congresso que "o acordo não foi possível".
Sánchez discursou para o plenário da câmara baixa do Parlamento pouco antes da votação que acontecerá hoje, e justamente depois que a frente de esquerda Unidas Podemos (UP) anunciou que se absteria de votar, após o fracasso das negociações com os socialistas para um governo de coalizão.
"A abstenção da UP é uma oportunidade histórica que se desvanece", afirmou Sánchez, revelando à câmara as diversas oportunidades de coalizão de governo que o Partido Socialista (PSOE) ofereceu à UP e que este partido rejeitou.
Sánchez afirmou que desejava formar uma coalizão com a UP, mas "não a qualquer preço", e criticou o líder da frente de esquerda, Pablo Iglesias, que queria entrar no governo espanhol "para controlá-lo", já que com 25% dos deputados queria administrar 80% da despesa social.
O presidente do governo interino insistiu, em um discurso dirigido especialmente contra Iglesias, que o país deve ter "um governo coerente e coeso, não dois governos em um".
O pronunciamento áspero de Sánchez aconteceu depois de a UP ter confirmado que se absteria na votação de hoje, o que certifica que o líder socialista não vai conseguir os votos necessários para continuar à frente do governo e continuará no cargo de forma interina.