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Líder opositor diz que Theresa May não cedeu o suficiente no Brexit

Jeremy Corbyn se reuniu com a primeira-ministra Theresa May, mas as duas partes ainda não fecharam acordo para definir o Brexit; encontro foi "útil, mas inconclusivo"

Internacional|Do R7

Jeremy Corbyn se encontrou com a premiê May
Jeremy Corbyn se encontrou com a premiê May

O líder do Partido Trabalhista, sigla britânica de oposição, Jeremy Corbyn, disse nesta quarta-feira (3) que a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, não fez concessões suficientes durante as conversas para romper o impasse sobre o Brexit, a separação de seu país da União Europeia.

O Reino Unido deveria ter saído da UE na sexta-feira, mas, quase três anos depois de os britânicos votarem a favor do Brexit em um referendo, ainda não está claro como, quando ou mesmo se o país deixará o bloco ao qual se uniu em 1973.]

Leia também: Após dois anos de impasse, quais as saídas possíveis para o Brexit?

Como seu acordo de saída foi rejeitado três vezes pelos parlamentares, May convidou o veterano socialista Corbyn para conversar no Parlamento e tentar superar a crise.


"Não houve tanta mudança quanto eu esperava", disse Corbyn, de 69 anos. "O encontro foi útil, mas inconclusivo."

Indagado se May aceitou sua preferência por uma união alfandegária pós-Brexit com a UE, ele respondeu: "Nós tivemos uma conversa sobre tudo isso."


Corbyn está sendo pressionado por alguns correligionários a não aceitar um acordo para o Brexit sem a certeza de que ele pode ser confirmado ou rejeitado em um novo referendo que também ofereça a opção de continuar na UE.

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"Eu disse: 'veja, é uma diretriz do nosso partido que gostaríamos de buscar uma opção de uma votação pública para evitar sair à força ou evitar sair com um acordo ruim'", disse. "Não se chegou a um acordo sobre isso. Só colocamos isso como uma das questões lá."


Um porta-voz da premiê disse que a reunião, que durou uma hora e 40 minutos, foi "construtiva, já que os dois lados mostraram flexibilidade e comprometimento para encerrar a atual incerteza sobre o Brexit".

"Combinamos um programa de trabalho de forma a atender o povo britânico, protegendo os empregos e a segurança", acrescentou.

O aceno de May a Corbyn, cujo partido tem 245 dos 650 parlamentares, oferece uma saída possível para a premiê garantir uma maioria para um acordo de saída agora que busca um segundo adiamento curto para o Brexit.

Mas alguns trabalhistas viram sua manobra como uma armadilha concebida para obrigar seus próprios parlamentares a apoiarem seu pacto três vezes rejeitado, ou como uma forma de transferir parte da responsabilidade pelas dificuldades do Brexit ao Partido Trabalhista.

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