Lobo terrível? Animais ‘desextintos’ sobrevivem seis meses e dobram de tamanho
Animais pesam cerca de 40,8 kg, mais de 20% acima da média de um lobo-cinzento
Internacional|Do R7

Quase três meses após o anúncio que gerou polêmica no mundo científico, os animais geneticamente modificados pela Colossal Biosciences continuam vivos e em crescimento. Batizados de Rômulo e Remo, os dois filhotes não são clones do lobo terrível, extinto há mais de 10 mil anos, mas lobos-cinzentos modificados para apresentar características genéticas semelhantes às da espécie ancestral.
Segundo a empresa norte-americana, os animais hoje pesam cerca de 40,8 kg, mais de 20% acima da média de um lobo-cinzento. Uma terceira filhote, Khaleesi, apresenta peso 10% a 15% maior que o esperado para a idade. As alterações foram feitas em 14 genes diferentes, com o objetivo de simular traços do genoma do lobo-terrível. Ainda assim, sem DNA viável da espécie extinta, cientistas apontam que não se trata de uma verdadeira desextinção.
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A Colossal afirma que, embora não recrie animais extintos, o projeto pode impulsionar iniciativas de preservação. A mesma técnica usada na modificação genética foi aplicada na clonagem de quatro lobos-vermelhos, espécie considerada uma das mais ameaçadas do planeta.
Os filhotes Hope, Blaze, Cinder e Ash têm carga genética 100% compatível com a espécie original e ajudaram a ampliar em até 25% a diversidade genética da população remanescente.
A empresa também cita o caso do rinoceronte branco do norte, do qual restam apenas duas fêmeas no Quênia. Com a coleta anterior de material reprodutivo do último macho, extinto em 2018, cientistas esperam usar biotecnologia para recuperar a espécie no futuro.
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