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Macron critica 'declarações torpes' diante de incêndios na Amazônia

Presidente francês disse a embaixadores que é preciso reativar a diplomacia francesa no trabalho pelos novos direitos internacionais ambientais

Internacional|Da EFE

Macron: 'Governantes consideram que, no fundo, soberania é agressividade'
Macron: 'Governantes consideram que, no fundo, soberania é agressividade'

O presidente da França, Emmanuel Macron, criticou nesta terça-feira (27) as "torpezas de alguns governantes", em referência à tensão dos últimos dias com Jair Bolsonaro originada por conta dos incêndios na Amazônia.

Em discurso diante de embaixadores franceses reunidos em Paris, Macron celebrou a mobilização "extremamente rápida" do G7 para socorrer os países da Amazônia que sofrem com as queimadas.

Macron explicou que a iniciativa, que apresentou junto ao presidente do Chile, Sebastián Piñera, durante a cúpula do G7 na cidade francesa de Biarritz, "responde a uma necessidade de emergência com a mobilização de meios" contra o fogo e, sobretudo, de recursos para a reflorestação.

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"Sobre essa questão, notei as inquietações, sem dúvida as torpezas, de alguns governantes que consideram que, no fundo, a soberania é agressividade", afirmou, sem citar nenhum nome, em uma aparente alusão velada a Bolsonaro, que rejeitou a ajuda de US$ 20 milhões — aproximadamente R$ 82 milhões — do G7.


O presidente francês disse que França é um país soberano, mas que, quando há algum acontecimento, "aceita a solidariedade internacional".

Macron também ressaltou que a floresta amazônica se estende por nove países e que é preciso desenvolver os mecanismos de solidariedade lembrados no G7 para o benefício de lugares como a Colômbia e as regiões brasileiras que o queiram.


Além disso, quis dar mais perspectiva às suas mensagens dos últimos dias para que se atue com urgência frente aos incêndios da Amazônia.

O francês afirmou que, assim como quando se fala do Ártico, da Antártida ou das selvas africanas, são "bens comuns geográficos, inseparáveis da nossa biodiversidade e da questão climática".

Macron disse aos embaixadores que é preciso reativar a diplomacia francesa no trabalho pelos novos direitos internacionais ambientais.

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