O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a defender a idoneidade das eleições da Nicarágua, na qual Daniel Ortega foi eleito presidente pela quarta vez consecutiva. Segundo o líder venezuelano, os países que não acreditam na veracidade do pleito são “covardes”. Segundo Maduro, a perseguição contra as eleições da Nicarágua é liderada pelos Estados Unidos, que estaria usando o departamento de relações internacionais para coagir outros governos a se pronunciar “contra o povo da Nicarágua”. “O lobby do Departamento de Estados [dos EUA] está ativo contra a Nicarágua buscando que governos covardes se pronunciem contra o povo da Nicarágua, porque se pronunciar contra as eleições na Nicarágua é se pronunciar contra a Nicarágua.” Ortega foi reeleito no último domingo (7) com cerca de 75% dos votos, em um pleito cercado de polêmicas, já que sete candidatos da oposição foram presos durante o processo eleitoral. A dinâmica da corrida presidencial na Nicarágua chamou a atenção da comunidade internacional. Segundo o site Infobae, Alemanha, Colômbia, Costa Rica, Chile, Espanha, Estados Unidos, Panamá, Reino Unido, Uruguai e a União Europeia não reconheceram as eleições por falta de transparência no processo. “No final quem prevalece são os valentes, os que lutam, os que batalham, os que defendem a dignidade e a verdade”, afirmou Maduro. “Os covardes são esquecidos no tempo e na estrada, e só a grande revolução sandinista na Nicarágua prevalece”. Além da Venezuela, Bolívia, Cuba, Irã e Rússia demonstraram apoio ao quarto mandato de Ortega.