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Mais de 70 mil israelenses protestam contra reforma judicial de Netanyahu

Maior protesto do país em anos é contra a reforma  que faria com que o Executivo prevaleça sobre o Judiciário

Internacional|

Protesto em Tel Aviv reúne 70 mil pessoas
Protesto em Tel Aviv reúne 70 mil pessoas Protesto em Tel Aviv reúne 70 mil pessoas

Mais de 70 mil israelenses protestaram neste sábado (14), em Tel Aviv, contra os planos de reforma judicial do novo governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o maior protesto do país em anos para repudiar o que é visto como uma ameaça ao sistema democrático.

Manifestantes lotaram a praça Habima, em Tel Aviv, para expressar rejeição a uma iniciativa que busca dar mais poder ao Executivo em detrimento do Judiciário, cuja independência seria profundamente enfraquecida.

Os integrantes do protesto, de todas as idades e de diferentes partes do país, compareceram com bandeiras de Israel e guarda-chuvas para se protegerem das fortes chuvas que atingiram a cidade no sábado.

Alguns também levaram cartazes com mensagens contra Netanyahu e o seu ministro da Justiça, Yariv Levin, assim como as características bandeiras pretas que marcaram protestos contra o primeiro-ministro nos últimos anos.

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A manifestação deste sábado em Tel Aviv, que também contou com a participação de vários políticos da oposição, foi a maior em vários anos e se estendeu para além da praça Habima, com múltiplas ruas adjacentes congestionadas com pessoas.

A esta se juntaram outros dois grandes protestos nas cidades de Haifa e Jerusalém, aos quais compareceram cerca de 2.000 pessoas, de acordo com estimativas da imprensa israelense.

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Embora a polícia tenha alertado para a possibilidade de distúrbios devido à multidão e mobilizado cerca de mil agentes, o protesto em Tel Aviv ocorreu em clima calmo, sem grandes incidentes.

Os planos de reforma judicial anunciados pelo novo ministro da Justiça incluem uma medida controversa que permite que uma maioria simples de parlamentares anule uma decisão da Suprema Corte que implique derrubar uma lei ou decisão governamental, conhecida como "cláusula de anulação".

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Isto abriria o caminho para que o Executivo prevaleça sobre o Judiciário em caso de conflito entre ambos.

Além disso, a reforma contempla normas que substituiriam os advogados do Comitê de Nomeações Judiciais por nomeados políticos e elimina o chamado pressuposto de "razoabilidade", com o qual a Suprema Corte pode impedir a nomeação de altos cargos políticos se considerar que estes violaram a lei.

A rejeição por parte da população tem sido sentida desde que o atual governo tomou posse, levando a múltiplos protestos nas últimas semanas.

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