A vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Malala Yousafzai, chegou em um helicóptero militar a Mingora, sua cidade natal no Vale do Swat, no Paquistão, neste sábado (31), seis anos após ser baleada por um pistoleiro do Taleban por sua atuação em defesa da educação das meninas. Moradores receberam a ativista em meio a um forte esquema de segurança. Faridul Haq Haqqani, morador da casa que foi de Malala, disse que ela e seu pai estavam em prantos quando entraram em sua antiga residência. Ele disse que Malala queria subir no telhado em que ela costumava ficar com seus amigos à noite, mas a segurança não permitiu. A "filha do Paquistão" vem visitando seu país desde quinta-feira (29). Em Mingora, as estradas que levam à casa do ativista de 20 anos foram fechadas no sábado, antecipando a visita. Tanto o governo quanto os militares foram mobilizados para garantir a segurança de Yousafzai. Ao chegar ao Paquistão, na quinta-feira, Malala Yousafzai se emocionou. "Pelos últimos cinco anos, eu sonhei em colocar os pés em meu país", disse, enxugando as lágrimas. Ela disse que, se dependesse dela, jamais teria deixado o Paquistão. Em 2014, aos 17 anos de idade, Malala se tornou a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz por sua defesa da educação. Ela também se tornou um símbolo global da resistência das mulheres diante da repressão. O Taleban assumiu a responsabilidade em 2012 pelo ataque por sua defesa declarada pela educação das meninas, o que era proibido sob o domínio dos militantes sobre Swat. O exército paquistanês retirou o controle de Swat do Taleban em 2009 e a área permanece em grande parte pacífica, mas o Taleban ainda ocasionalmente lança ataques incluindo um contra os militares há algumas semanas.